O alerta no Brasil que gerou a necessidade de isolamento social para evitar a proliferação do novo coronavírus está sendo marcada
por uma disputa política desnecessária. Governadores versus o presidente da República, Jair Bolsonaro, numa briga que envolve
competência e ações contra o Covid-19. E entre os gestores estaduais está o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que tenta desde
2019 polarizar o chefe do Executivo Federal.
Só que desta vez, as críticas de Flávio Dino ao presidente Bolsonaro cabem e tem justificativa diferente da briga eleitoral de 2022.
No Maranhão, antes de qualquer confirmação de casos de Covid-19, Dino vem trabalhando para evitar que a doença se espalhe no estado. Determinou suspensão de aulas, fechamento de divisas, controle sanitário no aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado
e após confirmação de ocorrência da doença no estado, determinou o fechamento de estabelecimentos comerciais que não
prestem serviços essenciais.
Enquanto Dino – e outros governadores também – apressaram-se em organizar seus estados para evitar pânico, o presidente Jair Bolsonaro minimizou o problema.
Para completar, o presidente decidiu voltar suas forças para disputar competência de ações com os governadores. Assim fez com a
edição de uma medida provisória que concentra no Governo Federal o poder para a adoção de medidas que possam restringir o transporte de bens e a movimentação de pessoas.
E apesar de não ter mirado no comunista, Bolsonaro acabou atingindo o Maranhão com a MP que acabou suspendeu parte do decreto
de Dino. Além disto, o Governo Federal entrou na Justiça para suspender ações dos governos estaduais nos aeroportos.
Com tantas ações necessárias para evitar o colapso do sistema público de saúde, o presidente “não faz e não quer deixar fazer” o enfrentamento de Covid-19, como bem lembrou Flávio Dino.
Outro alvo
A MP de Bolsonaro não teve como alvo qualquer decreto de Flávio Dino, como, na entrevista coletiva realizada no sábado, como o comunista afirmou.
O presidente da República decidiu medir forças como os governadores Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e João Dória (São Paulo).
Mesmo assim, Bolsonaro acaba atingindo o Maranhão que vem trabalhando para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Sem fiscalização
As medidas adotadas no novo decreto do governador Flávio Dino, anunciado no último sábado, ainda não têm fiscalização.
No domingo, nos bairros, a atividade comercial permaneceu mesmo com a determinação para que os estabelecimentos fossem fechados.
Dino já havia anunciado que a Polícia Militar fará o trabalho de orientação, primeiro, e somente após o Estado irá usar a força policial para obrigar o fechamento dos comércios que não fornecessem serviços essencias.
Suspensão
A Assembleia Legislativa não terá mais sessões durante os próximos 15 dias. Esta foi a decisão do presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), editada no fim de semana.
Antes desta decisão, a AL teria duas sessões por semana conforme primeiro decreto de Othelino Neto, divulgado no início da semana passada.
O cenário acabou mudando após a confirmação de dois casos de Covid-19 no estado, anunciados no último fim de semana.
Com sessões
Na Câmara Municipal de São Luís ainda não há determinação que suspenda as sessões na Casa. Por enquanto, as reuniões estão mantidas.
Os vereadores Pavão Filho (PDT) e Honorato Fernandes (PT) já solicitaram a suspensão total das sessões no legislativo.
A previsão é de que as sessões serão suspensas. Ainda na manhã de hoje, o presidente da Casa, Osmar Filho (PDT), deve editar medida.
Mais medidas
O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), informou pelas redes sociais, que a Guarda Municipal passaria a fiscalizar as praias da capital pra dispersar banhistas.
A ação foi feita na praia Araçagy, que é de competência municipal. Na área da Avenida Litorânea, a fiscalização ficou por conta do Corpo de Bombeiros.
E tanto a Guarda Municipal quanto os Bombeiros tiveram trabalho orientando e pedindo que os frequentadores das praias deixassem o local.
DE OLHO 2 milhões DE DOSES da vacina contra o H1N1 começarão a ser disponibilizadas a partir de hoje no Maranhão para
vacinação de crianças e idosos.
Cobrança
O Ministério Público Estadual (MP) cobrou dos prefeitos a apresentação do Plano de Contingência Municipal para avaliar as medidas adotadas contra a proliferação do novo coronavírus.
O ofício circular, de 13 de março, foi assinado pelo procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Coelho.
O MP solicitou, ainda, que se houver algum hospital fechado no interior do estado, o Poder Executivo providencie, com urgência, a higienização do referido estabelecimento de saúde para atender à população.
E MAIS
• O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, pela primeira vez, irá se reunir por meio de sua sessão plenária de uma forma não usual, em razão do novo coronavírus.
• A sessão de amanhã irá ocorrer por meio de videoconferência. Os membros do pleno irão despachar a pauta já programada deixando assim a Justiça Eleitoral funcionando.
• A depender da propagação do vírus, as próximas sessões do TRE poderão ocorrer da mesma forma, não presencial.
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