Atuação

Bancada vai buscar recursos extras do Bolsa Família para o MA

Coordenador da bancada, deputado Juscelino Filho, afirmou que acompanhará a distribuição dos mais de R$ 3,1 bilhões extras do programa aos estados

Ronaldo Rocha/Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Juscelino Filho vai acompanhar aplicação do recurso extra do benefício
Juscelino Filho vai acompanhar aplicação do recurso extra do benefício (Juscelino Filho)

O coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional, deputado federal Juscelino Filho (DEM), afirmou que acompanhará a aplicação de recursos extras do Programa Bolsa Família que serão distribuídos pelo Governo Federal a todos os estados e ao Distrito Federal. Ao todo, o Ministério da Economia liberou R$ 3,1 bilhões no âmbito do programa, para atendimento a mais de 1 milhão de famílias.

A bancada buscará prioridade ao Maranhão e demais estados da Região Nordeste, que sofreu cortes de forma brusca no programa no início do ano. A estimativa é de que somente no estado, pelo menos 130 mil benefícios foram cancelados no mês de janeiro.

“Entre as importantes medidas anunciadas ontem pelo ministro Paulo Guedes, está o reforço de R$ 3,1 bilhões no Bolsa Família. Segundo o governo, o recurso é suficiente para atender mais de 1 milhão de famílias e diminuir a fila de espera pelo benefício”, disse.

O coordenador da bancada afirmou que haverá uma espécie de fiscalização a respeito da aplicação dos recursos.

“Vamos acompanhar essas inclusões no programa e cobrar que seja dada a devida prioridade ao Maranhão e aos outros estados do Nordeste. De acordo com as prefeituras, há muita demanda reprimida, ou seja, muitas famílias aptas aguardando para serem beneficiadas”, acrescentou.

Esclarecimentos

Na semana passada, os deputados Pedro Lucas (PTB) e o pastor Gildenemyr (PL), protocolaram requerimentos com pedido de informações ao Ministério da Cidadania, a respeito do cancelamento de pelo menos 130 mil benefícios no estado.

Pedro Lucas apresentou o requerimento de número 194/20, com questionamentos a respeito de motivos, regras e critérios objetivos utilizados pela União para promover a exclusão de inscrições do programa social no estado.

Ele lembrou em janeiro deste ano, apenas 3% de novos beneficiários do Bolsa Família saíram da Região Nordeste. Por outro lado, 75% de novos cadastros foram efetivados nas regiões Sul e Sudeste do país.
Pedro citou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), segundo a qual, durante o mês de janeiro, o governo “priorizou Sul e Sudeste na concessão de novos benefícios do Bolsa Família em detrimento da Região Nordeste, que concentra 36,8% das famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza na fila de espera do programa”.

“Diante da notícia de que apenas 3% dos novos benefícios concedidos do Bolsa Família foram para o Nordeste, enquanto para as regiões Sul e Sudeste foram 75%, enviei um requerimento ao Ministério da Cidadania para que o órgão preste mais informações sobre os fatos”, disse.

O pastor Gildenemyr, por sua vez, solicitou dados sobre o programa no país e no Maranhão.

“Estamos enviando um ofício para o Ministério da Cidadania em busca de informações sobre o programa Bolsa Família. Queremos os últimos dados sobre entrada e saída de maranhenses no benefício. Vamos buscar também informações sobre os motivos dos cortes. Assim que tivermos todas as informações vamos apresentar aos maranhenses e, se for necessário, tentaremos diálogo junto ao ministério para ajudar nossa população”, finalizou.

Mais

Cortes no Maranhão

O corte de benefícios do Bolsa Família no Maranhão também foi abordado na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Neto Evangelista (DEM) cobrou explicações sobre os critérios adotados pelo Governo Federal para efetivar cortes de benefícios do Bolsa Família nos estados da região Nordeste. Ele afirmou que, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, relativos a 2019, 150 mil famílias saíram do programa e, este ano, dos 100 mil novos benefícios concedidos, o Nordeste ficou com o percentual de 3%, ou seja, apenas 3 mil famílias aderiram. Dos 97% restantes, o Sudeste ficou com 45 mil novas concessões, o Sul com 29 mil, o Centro-Oeste com 15 mil e o Norte com 6.500. “Uma divisão injustificável, uma vez que o Maranhão possui a maior fila de espera de famílias”, disse.

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