Eleições 2020

DEM e PV disputam acordo com PSL para a eleição na capital

A O Estado, representantes do Democratas e do Partido Verde confirmaram propostas para o PSL; enquanto DEM quer formar "chapão" com quatro siglas, PV busca ampliar campos de apoio para a disputa de outubro

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Presidente do PSL no Maranhão, Chico Carvalho tem conversado com, praticamente, todos os pré-candidatos
Presidente do PSL no Maranhão, Chico Carvalho tem conversado com, praticamente, todos os pré-candidatos (Chico Carvalho)

Representantes do Democratas (DEM) e do Partido Verde (PV) confirmaram a O Estado que apresentaram propostas de formalização de aliança ao Partido Social Liberal (PSL) visando a eleição majoritária deste ano na capital maranhense. Enquanto o DEM quer formar “chapão”, o PV busca ampliar campos de apoio em prol da pré-candidatura do deputado estadual Adriano Sarney.

Segundo fontes próximas, por enquanto, o PV estaria na frente, já que a vaga de vice na chapa foi ofertada. As negociações entre PV e PSL foram abertas há quatro semanas. “Estamos no aguardo. Cremos que o melhor caminho para ambos os lados é uma aliança em prol da nossa São Luís”, disse Adriano Sarney.

Do lado do DEM, o discurso é otimista. De acordo com o presidente estadual do DEM e coordenador da bancada do Maranhão em Brasília, Juscelino Filho, as articulações vêm sendo exitosas.

“Estamos conversando com o PSL. As conversas avançam bem”, disse. Segundo o parlamentar, a aliança demonstraria a força do projeto próprio democrata em São Luís.

Alvo da disputa, o PSL adota o tom da neutralidade. Segundo o presidente estadual da sigla, vereador Chico Carvalho, o acerto com qualquer um dos partidos ainda dependeria de concessões e do espaço a ser ofertado ao PSL no processo eleitoral. “O partido sempre busca o melhor espaço e almeja o protagonismo”, afirmou o dirigente.

De acordo com Chico Carvalho, além do DEM e do PV, outras siglas também negociam. O vereador não quis revelar nomes, no entanto, adiantou que - na negociação com os democratas - uma das pendências é quanto à indicação do vice.

O PSL objetiva ter papel fundamental na eleição na capital maranhense, no entanto, a indicação da sigla para vice do DEM é pouco provável, já que a sigla liberal disputaria uma eventual vaga ao lado de Neto Evangelista no palanque com legendas mais representativas, como o PTB e, principalmente, o PDT.

No último fim de semana, membros pedetistas, como o deputado federal Gil Cutrim (ainda na sigla) e o deputado estadual Glaubert Cutrim formalizaram apoio ao democrata. Além destes, o senador Weverton Rocha fez aparições públicas e confirmou conversas, em Brasília, com membros da direção nacional do DEM, como o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto e com o próprio presidente da sigla no Maranhão, Juscelino Filho.

O objetivo do PSL e, principalmente, do PDT em apoiarem o DEM é costurar um novo acordo visando às eleições governamentais em 2022. Representantes do PDT, por exemplo, entendem ser viável uma possível candidatura de Weverton Rocha ao governo e uma aliança com o DEM é vista como um trampolim.

Já o PSL visa representatividade, após perder penetração junto ao eleitorado com a saída do presidente da República, Jair Bolsonaro, dos quadros em novembro do ano passado.

Além do PDT e PSL, o PTB - capitaneado pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes - também confirma conversas com o DEM para a capital. Caso a aliança macro seja consolidada, envolvendo DEM e outras siglas como PDT, PTB e PSL, os democratas teriam a maior coligação nas eleições em São Luís.

O partido sempre busca o melhor espaço e almeja o protagonismo. Se houver esta sinalização, o acordo é praticamente certo”Chico Carvalho, presidente do PSL no MA

Aliança com o DEM é “Plano B” para o MDB

O MDB ainda não formalizou a posição do partido quanto às eleições na capital maranhense, já que aguarda parecer da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, sobre sua possível pré-candidatura. Caso o projeto não saia do papel, o MDB pode formalizar aliança com o DEM.

Projeto próprio

Internamente, o discurso dos principais dirigentes do MDB é que a legenda ainda deverá sair com projeto próprio. No entanto, apesar do otimismo, alguns membros já consideram a aceitação de um acordo com os democratas, em uma espécie de “Plano B”.

Na semana passada, o vice-presidente do diretório estadual do MDB, Roberto Costa, admitiu conversas com a ex-governadora. Segundo ele, Roseana Sarney apenas aguarda manifestação do partido que, por sua vez, pondera lançar a ex-gestora nestas eleições ou aguardar pelo pleito de 2022.

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