Coronavírus

Coronavírus causa estragos financeiros; infecções se aproximam de 100.000

O surto se espalhou pelos Estados Unidos, aparecendo em pelo menos quatro novos Estados, e também em San Francisco; ações de companhias aéreas e viagens estão entre as mais atingidas

Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Agente de saúde monitora temperatura de mulher no aeroporto de Jacarta
Agente de saúde monitora temperatura de mulher no aeroporto de Jacarta (cORONAVÍRUS)

LONDRES/LOS ANGELES - Os distritos financeiros de cidades no mundo todo começaram a ficar vazios e as bolsas de valores caíam nesta sexta-feira, quando o número de infecções por coronavírus se aproximava de 100.000 e os danos econômicos causados pelo surto se intensificaram.

Um número crescente de pessoas enfrenta uma nova realidade, já que muitas foram orientadas a ficar em casa em vez de ir para o trabalho, escolas foram fechadas, grandes reuniões e eventos tiveram que ser cancelados, lojas de artigos básicos estão esvaziadas e máscaras faciais tornaram-se uma visão comum.

Em Londres, capital financeira da Europa, o bairro de Canary Wharf estava extraordinariamente calmo. O escritório da S&P Global ficou vazio depois que a empresa enviou seus 1.200 funcionários para casa, enquanto o HSBC pediu que cerca de 100 pessoas trabalhassem de casa após exame positivo para a doença em um funcionário.

Enquanto isso, em Nova York, o JPMorgan dividiu sua equipe entre locais centrais e um lugar secundário em Nova Jersey, enquanto o Goldman Sachs mandou alguns traders para escritórios secundários próximos em Greenwich, Connecticut e Jersey City.

Mais de 2 mil pessoas ficaram presas no navio Grand Princess depois que ele foi impedido de retornar ao porto de San Francisco porque pelo menos 35 pessoas a bordo desenvolveram sintomas semelhantes aos da gripe. Kits de exames foram entregues no mar para a embarcação.

Os movimentos de algumas grandes economias, incluindo os Estados Unidos, de cortar as taxas de juros e prometer bilhões de dólares para combater a epidemia pouco fizeram para amenizar os temores sobre a propagação do vírus e as crescentes consequências econômicas.

Mercados em queda

As ações europeias continuaram em queda depois que o mercado japonês caiu para o menor nível em seis meses, com 97% das ações no quadro principal da bolsa de Tóquio no vermelho.

Ações de companhias aéreas e viagens estão entre as mais atingidas, uma vez que as pessoas cancelaram viagens não essenciais.

“Se isso realmente aumentar, poderemos ver muito mais atualizações dramáticas da indústria de viagens e das companhias aéreas”, disse Chris Beauchamp, analista de mercado da IG. “O que impressiona sobre o movimento atual é que provavelmente subestima o grau de interrupção que poderíamos enfrentar nos EUA e na Europa”.

O rendimento das notas de referência do Tesouro de 10 anos caiu para uma baixa recorde de 0,7650%, à medida que os investidores buscam segurança.

Mais de 98.000 pessoas foram infectadas em mais de 85 países e mais de 3.300 pessoas morreram, segundo contagem da Reuters. A China continental, onde o surto começou, foi responsável por mais de 3.000 mortes, enquanto o número de mortos na Itália foi de 148.

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