CIENTISTAS

Plataforma para destacar cientistas brasileiras é lançada

Plataforma destaca 250 cientistas brasileiras.

Notícias UOL

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Com o objetivo de divulgar cientistas brasileiras, foi lançada nesta quarta-feira (12) uma plataforma online, Open Box da Ciência (www.openciencia.com.br), que destaca o trabalho de 250 pesquisadoras consideradas protagonistas em suas áreas.

A iniciativa da organização Gênero e Número, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, considerou os critérios da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para a concessão de bolsas de apoio à pesquisa para desenvolver um algoritmo que listou todas as pesquisadoras do País com doutorado. Na plataforma, de acesso livre, é possível ver o perfil das pesquisadoras, reportagens que narram suas trajetórias, além de algumas análises dos dados observados.

Um deles aponta a ainda baixa representatividade feminina nas Exatas. As mulheres representam 26% das vagas de doutorado em Engenharia e 31% em Ciências Exatas e da Terra.

O objetivo é mostrar as mulheres que estão fazendo pesquisa de excelência no País, explicou a cientista de dados Natália Leão, responsável pela pesquisa e pela metodologia. O projeto cruzou dados do Censo da Educação Superior com informações de outras bases de dados oficiais, como a Plataforma Lattes, para rastrear o número de artigos científicos publicados, prêmios recebidos, eventos organizados pelas cientistas e se estão engajadas em divulgação científica.

A partir da análise, foram mapeadas 50 pesquisadoras de destaque em cinco áreas: Ciências Biológicas, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e da Terra, Engenharia e Ciências da Saúde. Não foi criado um ranking de melhores. O objetivo é mostrar as mulheres que estão fazendo pesquisa de excelência no País, explicou a cientista de dados Natália Leão, responsável pela pesquisa e pela metodologia.

Desigualdade

O levantamento também expõe a desigualdade que existe no Brasil, que cresce conforme aumenta o grau de instrução dos pesquisadores. "As mulheres representam 46% das docentes de ensino superior, mas apenas 23% delas são pretas e pardas. Na pós-graduação, há apenas 400 professoras doutoras. Elas representam 2,4% das docentes", afirmou ontem Vitória Régia da Silva, jornalista da Gênero e Número, durante o lançamento da plataforma no Instituto de Física Teórica da Unesp.

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