Violência

Cinco feminicídios estão sendo investigados pela polícia no Maranhão

O último crime ocorreu na sexta-feira,7, em um hotel, no bairro São Cristóvão, na cidade de São Luís, e teve como vítima uma jovem de Guarulhos, São Paulo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Condomínio onde ocorreu o duplo assassinato no fim de janeiro deste ano
Condomínio onde ocorreu o duplo assassinato no fim de janeiro deste ano (Divulgação)

SÃO LUÍS - De janeiro até esta semana, o Maranhão registrou um crime de feminicídio confirmado e tem outros cinco em investigação. Ano passado foram 51 casos de mulheres mortas no estado. O último crime ocorreu na sexta-feira,7, e teve como vítima uma jovem de 25 anos identificada como Jassimara Cristian Marques Pacheco, que foi encontrada morte dentro de um hotel localizado no bairro São Cristóvão. O companheiro dela, de acordo com a Polícia Civil, é o suspeito de ter cometido o crime.

O homem de 24 anos estava hospedado no hotel com Jessimara, desde a semana passada. A vítima era natural da cidade de Guarulhos, em São Paulo vem com seu companheiro, que está sendo procurado pela polícia. De acordo com as primeiras informações, Jessimara Pacheco teria sido estrangulada com um fio de televisão e sufocada com um travesseiro.

Ainda conforme a polícia, funcionários ouviram uma briga entre o casal e constataram que Jessimara estava sendo agredida pelo companheiro e foram até o quarto onde encontraram o corpo da jovem dentro do banheiro, já sem vida. Uma equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa, (SHPP) foi acionada e deu início às investigações. O caso deverá ser encaminhado ao Departamento de Feminicídio.

Outro caso

Outro caso investigado como feminicídio ocorreu em Formosa da Serra Negra, na semana passada. Uma mulher, de 31 anos, moradora do povoado Riachão, zona rural daquele município, foi encontrada morta por membros da comunidade. De acordo com a polícia, o principal acusado é o ex-marido da vítima, de 55 anos.

A mulher havia saído de casa para lavar roupas e, logo em seguida, seu corpo foi encontrado por moradores da localidade. A informação de familiares é que a mulher tenha sido afogada pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.

Confirmado

O soldado da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nunes Pereira, de 30 anos, foi preso em flagrante, acusado de assassinar a tiros a ex-companheira, Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos; e o suposto amante dela, José William dos Santos Silva, de 24 anos. O crime ocorreu na tarde dia 25 de janeiro, no apartamento de Bruna Lícia, no bairro Vicente Fialho. O soldado foi indiciado pelos crimes de feminicídio e homicídio qualificado e poderá ir a juri popular.

A delegada Viviane Fontenelle, chefe do Departamento de Feminicídio, informou que a investigação teve procedimento durante 10 dias, pela equipe do Departamento de Feminicídio. Foram ouvidas as testemunhas e o acusado. O inquérito policial já foi encaminhado ao Poder Judiciário.

De acordo com as investigações, o relacionamento de Bruna e Carlos Eduardo teria chegado ao fim no dia 18 do mês passado, quando o policial retirou seus pertences do apartamento que dividia com a vítima, no bairro Vicente Fialho. Ela chegou a comentar com amigas próximas que, a partir daquele dia, estava solteira e o seu ex-companheiro tinha deixado o apartamento. No dia 23, o militar tentou reatar a relação, mas, Bruna Lícia não aceitou a proposta.

No dia 25 a vítima estava de folga e recebeu a visita de dois colegas de trabalho em seu apartamento, no horário do almoço. Um deles foi José William. Neste dia, o ex-companheiro foi até o apartamento e encontrou a ex-companheira e José William despidos, no quarto.

Por meio de exames periciais, ficou comprovado que houve luta corporal entre o policial e as vítimas. O policial efetuou os tiros que mataram ambas as vítimas. Ele foi preso em flagrante e ao passar pela audiência de custódia, no dia 26 do mês passado, no fórum do Calhau, sua prisão foi convertida em preventiva, mantido custodiado no presídio militar.

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