Maria da Penha

Campanha alerta para o combate à violência contra as mulheres

Ações do projeto 'Não Morra Maria da Penha' foram iniciadas neste domingo no bairro Cidade Operária; ao todo, 12 bairros receberão a programação

Carla Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Juíza Lúcia Helena Barros participou da panfletagem realizada neste domingo na Cidade Operária
Juíza Lúcia Helena Barros participou da panfletagem realizada neste domingo na Cidade Operária (helena Helluy)

Com o objetivo de alertar as mulheres sobre a necessidade de denunciar a violência de gênero, teve início neste domingo, 9, o projeto Não Morra Maria da Penha, realizado pela 2ª Vara da Mulher de São Luís e parceiros institucionais. As ações estão sendo realizadas no bairro Cidade Operária e prosseguem até sábado (15). A programação reúne ações de comunicação, prevenção e conscientização na comunidade, com o apoio de diversos órgãos vinculados à Rede de Proteção à Mulher e participação da comunidade.

Neste domingo, as ações iniciaram-se com distribuição de material informativo na igreja São João Calábria e, em seguida, na Feira da Cidade Operária. “A intenção é unir forças, chamar a atenção para a necessidade do enfrentamento à violência contra a mulher tanto de órgãos, instituições e a sociedade em geral, todos fortalecendo esta luta”, disse a juíza da 2ª Vara da Mulher de São Luís, Lúcia Helena Barros Heluy, uma das idealizadoras do projeto.

Para a líder comunitária Sandra Silva, a campanha é importante pois fortalece o movimento de luta contra a violência e o feminicídio. “Infelizmente nossa sociedade ainda é desguarnecida deste tipo de iniciativa. Temos de fortalecer esta rede de proteção às mulheres, que muitas vezes não buscam seus direitos por uma série de motivos”, destaca ela.
Para o técnico em radiologia, Iomar Santos, somente com engajamento de todos é possível combater a violência de gênero.

“A campanha é louvável, este tipo de coisa tem de ser denunciado pois, somente assim podemos combater estes crimes”.
A mesma opinião é compartilhada por Victória Mendonça, que apota a informação como arma decisiva nesta luta. “A divulgação dos canais de atendimento às mulheres é muito necessária e a campanha está fazendo isto”. Dona de um ponto comercial na Feira da Cidade Operária, Zulane Farias vê resultados positivos em ações como esta. “Depois que iniciou a divulgação destes direitos das mulheres, a gente percebe que alguns homens mudaram o comportamento, entenderam que não podem fazer mais o que desejam”.

Programação
As ações do projeto prosseguem hoje, com reuniões na Igreja Verbo da Vida, às 15h, e na Igreja São João Calábria, às 19h. Na terça-feira (11), será realizado o seminário “Não Morra Maria da Penha”, no auditório do campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), às 14h. No dia 12, o seminário acontece no Centro São José Operário, no mesmo horário.

No dia 14 será realizada a caminhada “Não morra Maria da Penha”, pelas ruas da Cidade Operária, com concentração em frente à Paróquia São João Calábria e saída a partir das 15h. E no encerramento da semana, dia 15, será realizado o “Dia da Mulher Cidadã”, com a oferta de vários serviços na Praça do Jardim América.

Durante a realização do projeto, será feita a apresentação da Rede de Atendimento/Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, destacando-se as atribuições de cada órgão e entidades, bem como os contatos.

O projeto Não Morra Maria da Penha é uma iniciativa da juíza da 2ª Vara da Mulher de São Luís, Lúcia Helena Barros Heluy, e do servidor José William Ferreira da Silva, da comarca de Bacabal. Além da Cidade Operária, mais 12 bairros receberão as ações. “Estes bairros foram apontados por meio de uma pesquisa realizada pela 2ª Vara da Mulher de São Luís sobre as medidas protetivas de urgência. Assim vamos levar a rede de proteção às mulheres que estão mais distante3s da Casa da Mulher Brasileira e que por um motivo ou por outro, não têm acesso ao local”, observa a juíza Lúcia Helena Barros Heluy

O projeto da 2ª Vara da Mulher de São Luís tem o apoio institucional do Tribunal de Justiça do Maranhão/Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEMULHER), Corregedoria-Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) e Casa Abrigo. E como parceiros: Governo do Estado, Defensoria Pública, Casa da Mulher Brasileira, Delegacia Especializada da Mulher, Ministério Público estadual, Procuradoria da Mulher, Coordenadoria Municipal da Mulher de São Luís (CMM), Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica/MA, Conselho Municipal da Condição Feminina e Fórum Maranhense de Mulheres, Prefeitura Municipal, OAB e Polícia Militar, CRAS, CREA, Universidade Estadual do Maranhão (profa. Jacqueline Demétrio), dentre outros.

Saiba Mais

Diante de uma situação de violência, a mulher pode se dirigir aos canais de atendimento

- Delegacia Especializada de Atendimento à Mulheres - (98) 3214-8649 (São Luís); (99) 3621-9262 (Bacabal)
- 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher – (98) 3231-0420
- Ministério Público do Estado do Maranhão – (98) 3219-1849; 3219-1924
- Defensoria Pública do Estado do Maranhão – (89) 3231-5819; 3221-6110
- Patrulha Maria da Penha – (98) 99219-3671; (98) 3198-0100 (Casa da Mulher Brasileira)
- Coordenadoria Municipal da Mulher de São Luís – (98) 99170-1098
- CREAS Cidade Operária – (98) 98865-0274

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