Em construção

Direção do DEM admite conversas com o PCdoB para apoio a Evangelista

Além do partido comunista, DEM também está em tratativas com o PDT para formação de uma ampla frente de apoio à pré-candidatura do democrata

Thiago Bastos/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Presidente estadual do DEM, Juscelino Filho, confirmou que continua conversa com o PDT em SL
Presidente estadual do DEM, Juscelino Filho, confirmou que continua conversa com o PDT em SL (Juscelino Filho)

A direção estadual do DEM admitiu a O Estado que a sigla tem conversas “em bom estado de avanço” com a cúpula do PCdoB para a formação de uma ampla frente de apoio à pré-candidatura do deputado estadual Neto Evangelista para a prefeitura de São Luís.

Além do bloco comunista, os democratas também miram aliança com o PDT que, por sua vez, tem interesse na construção da base, tendo em vista as eleições governamentais em 2022.

Em contato por telefone ontem, o presidente do DEM no Maranhão, deputado federal Juscelino Filho confirmou as conversas com a sigla do governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB). “Estão andando as conversas. Trata-se de um processo em construção ainda”, confirmou. Em contrapartida, a direção do PCdoB, até o fechamento desta edição, não se posicionou.

Sobre o PDT, Juscelino foi mais cauteloso e apontou as negociações. “Também está em andamento, mas ainda não está nada certo”, disse. Na terça-feira, 4, Juscelino Filho e o pré-candidato Neto Evangelista se reuniram em Brasília com o senador da República, Weverton Rocha (PDT) e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Além da construção de uma possível aliança PDT-DEM na capital maranhense na majoritária, o objetivo do encontro foi ampliar a parceria por outras cidades da Região Nordeste. O interesse do DEM no PDT é antigo e terá repercussão na possível candidatura de Weverton Rocha ao governo do Maranhão. O fortalecimento deste apoio é visto como fundamental pela direção pedetista.

Quanto ao PCdoB, as conversas passaram a se intensificar este ano, já que uma ala comunista entende que a pré-candidatura de Rubens Pereira Júnior à Prefeitura da capital maranhense não possui lastro suficiente para ser abraçado pelo partido.

Uma aliança DEM-PCdoB seria uma alternativa para a manutenção da boa relação entre as legendas, fundamentais para o apoio ao governador Flávio Dino e, ao mesmo tempo, para a construção de um projeto mais sólido visando o segundo turno das eleições, em um cenário provável com Eduardo Braide (Podemos).

Se por um lado o PCdoB ataca em uma frente com possibilidade de aliança na majoritária na capital, por outro, ainda tenta alavancar a pré-candidatura de Rubens Júnior (fato que ganhou novos contornos no início desta semana com a “liberação” dada pelo PCdoB a Duarte Júnior). No mesmo dia que desejou sorte a Duarte Júnior, o governador Flávio Dino recebeu Rubens Júnior para, segundo o próprio, “tratar de lutas políticas do Estado”.

Rubens Júnior, por sua vez, reafirmou a meta de “pré-candidatura” para São Luís.

Ampliação

Além das conversas com o PDT e o PCdoB, o DEM também procurou a direção nacional do PSL para ampliar o canal de diálogo, que já havia sido iniciado com a direção estadual da legenda.
O deputado Neto evangelista busca o apoio do PSL, decisão que caberá a presidente estadual da legenda, vereador Chico Carvalho, segundo definiu na noite da última terça-feira, 4, o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar.

Sobre esta possível composição, Carvalho disse a O Estado que ainda vai analisar os cenários e aguardar posição do ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, que se filiou ao PSL com a possibilidade dele voltar a disputar a Prefeitura da capital.

PL e Podemos seguem
com diálogo para aliança

Enquanto o DEM avança para ampliar sua frente de apoio visando as eleições para prefeito na capital maranhense, o Podemos finaliza os detalhes para receber formalmente a parceria do PL. Com isso, Eduardo Braide (pré-candidato pelo Podemos em São Luís) receberia a indicação do partido, atualmente comandado pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), para vice na chapa.
Abertamente, os dois partidos (PL e Podemos) não admitem as conversas, que avançaram após encontro de dirigentes das duas partes na semana passada. O PL ainda estuda o nome para indicação. O mais cotado é o vereador de São Luís, Aldir Júnior.
Caso a aliança seja formada, o PSDB - atualmente tocado pelo senador Roberto Rocha - teria dificuldades para se inserir no cenário da cidade em 2020. A base tucana, que admitiu a possibilidade de acordo com o Podemos, ainda pode lançar o deputado estadual Wellington do Curso como candidato.

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