Apoio

Pacientes com câncer de pulmão relatam que apoio familiar é considerado essencial

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha conversou com mais de duzentas pessoas enfrentando a doença em todo o país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Cerca de 24% dos pacientes afirmam que a família esteve presente durante o tratamento, exames e consultas
Cerca de 24% dos pacientes afirmam que a família esteve presente durante o tratamento, exames e consultas (câncer família)

São Paulo - O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo e o segundo mais comum no Brasil, atingindo 31 mil novos casos por ano, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, sob encomenda da biofarmacêutica AstraZeneca, 70% dos pacientes apontaram o apoio familiar como fundamental para o tratamento: "[eles] são a minha base", conta homem de 61 anos*.

A análise também mostra que os principais impactos da doença foram emocionais, relatados por 68% dos entrevistados, com destaque para tristeza, com 17%. "Por estarem passando por um momento de muita fragilidade, os pacientes precisam de suporte, tanto profissional quanto familiar. É ele que os ajudam a perseverar", conta Dra. Ana Gelatti, vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.

Cerca de 24% dos pacientes afirmam que a família esteve presente durante o tratamento, exames e consultas. "Ter alguém segurando a sua mão durante um momento tão delicado e decisivo como o tratamento do câncer é impagável. Nós vemos mais força e disposição nos pacientes que não estão sozinhos", relata a especialista.

Os pacientes que mais contaram com o apoio familiar foram os do DF, com cerca de 91%, seguidos por Porto Alegre, com 70%, São Paulo e Fortaleza, ambas com 68%. Mas essa, infelizmente, não é a realidade de todos. Apesar de ser a minoria, 5%experienciam abandono. Dentre os entrevistados, os homens contaram com mais apoio familiar do que as mulheres, com 71% contra 69%. Por outro lado, as mulheres são mais acompanhadas pelos filhos. "No começo todos estavam solidários, mas cada um seguiu sua vida, hoje só tenho minha filha, [meu] marido foi embora", mulher, 47 anos*.

O abandono, por vezes, é resultado de preconceitos e falta de conhecimento, fatores que são combatidos com a disseminação de informação de qualidade e a conscientização da sociedade. Além disso, esses fatores são importantes para alertar sobre os sintomas e outros aspectos da doença, com o objetivo de aumentar o diagnóstico precoce.

Para Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida, a confirmação do diagnóstico de câncer impacta a vida do paciente, pois a esperança e a expectativa de uma boa notícia deixam de existir e inicia-se a fase do enfrentamento de uma nova realidade. Nesse momento, as armas poderosas para reduzir a ansiedade e proporcionar mais segurança são o apoio dos familiares e a informação fidedigna. "Por isso, nós do Instituto Lado a Lado pela Vida somos incansáveis em trabalhar para oferecer informação confiável para combater as fake news, neutralizar o medo do paciente e também apoiar os familiares, que serão o porto seguro para o enfrentamento da doença. Com esse propósito, disponibilizamos a plataforma http://www.clickcancer.org.br, criada para dar subsídios aos pacientes, seus familiares e cuidadores em todas as fases da jornada: do diagnóstico; passando pelo tratamento e alcançando a sobrevivência".

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