Criminalidade

Janeiro violento: 12 mortes em menos de uma semana na Grande Ilha

No primeiro mês do ano, segundo a Secretaria de Segurança Pública, ocorreram 27 homicídios dolosos e duas mortes em confronto com a polícia

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Desconhecido que foi morto nesta sexta-feira no Itapiracó
Desconhecido que foi morto nesta sexta-feira no Itapiracó (Morte)

SÃO LUÍS - O primeiro mês do ano terminou nesta sexta-feira, 31, marcado por violência na Região Metropolitana de São Luís. Em menos de uma semana, 12 pessoas foram assassinadas a tiros ou por arma branca na Ilha. Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que durante o mês, ocorreram 27 homicídios dolosos, além de dois casos de morte em confronto com a polícia. Somente no dia 30, na quinta-feira, três casos foram registrados.

Uma das vítimas somente foi identificada no Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, no dia seguinte. Trata-se de Carlos Alexandre C. Sousa, de 39 anos. O caso está sendo investigado pela Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP). Segundo o delegado Felipe Freitas, ainda existem informações desencontradas.

Populares informaram ao delegado que vítima vinha correndo pela Avenida Daniel de La Touche, no Maranhão Novo, na tarde de quinta-feira, perseguida por dois homens, não identificados. Ela foi morta nas proximidades de um shopping.

O delegado declarou que os peritos do Instituto de Criminalística foram até o local e constataram apenas uma marca de tiro nas costas de Carlos Alexandre, que no momento do crime estava sem documentos pessoais. O corpo foi removido para o IML, onde foi identificado.

Outras ocorrências

Na manhã de quinta-feira, 30, de acordo com a polícia, a empregada doméstica, Francisca Doralice da Silva Oliveira, de 48 anos, foi assassinada no local de seu trabalho, no bairro Santa Efigênia, e a principal acusada foi identificada como Danielle Silva Rolim, de 20 anos, que é neta da patroa da vítima.

A polícia informou que a suspeita foi até a Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop) e confessou o assassinato, mas não declarou a motivação e a circunstância do crime. Os policiais foram até o local e encontraram um fio de chapinha enrolado no pescoço da vítima e uma faca. Como não havia ordem de prisão em desfavor da acusada, ela se entregou voluntariamente e após depoimento, foi liberada.

A outra pessoa assassinada foi Tiago da Silva Fernandes, de 27 anos. A polícia informou que a vítima foi cobrar de Adauto Silva, de 52 anos, por um conserto de um ventilador, já que estava insatisfeita pelo serviço e acabou discutindo com o acusado. No decorrer da briga, ele foi golpeado no olho e levado para o Socorrão II, onde morreu.

Após a ação criminosa, Adauto Silva fugiu do local, mas acabou capturado por uma guarnição da Polícia Militar e apresentado na Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop) onde foi autuado.

Na tarde desta sexta-feira, 31, um homem foi morto a tiros na Rua Andaluzia, no bairro Itapiracó. A polícia não confirmou a circunstância do crime e estava apurando o caso. Populares disseram que a vítima teria assaltado um taxista, na Avenida Litorânea, no Calhau.

Mês violento

O mês de janeiro do ano passado também foi muito violento na Ilha. De acordo com a SSP, 41 pessoas foram assassinadas. Somente os casos de homicídios foram 26, seguido de latrocínio (roubo seguido de morte), com seis e nove em confronto com a polícia.

Foi no dia 3 desse mês que ocorreu uma chacina na localidade Mato Grosso, no Coquilho, zona rural da capital, que resultou na morte de Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, 14 anos. Os corpos foram encontrados com perfurações de tiros somente no dia seguinte em uma área de matagal nas proximidades da construção de um habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida.

O caso foi investigado pela Superintendência Estadual de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP). Segundo a polícia, o soldado da Polícia Militar Hamilton Caires Linhares, foi apontado de ter efetuado os tiros que mataram os três jovens. Ele continuava preso no presídio militar, no Comando-Geral da Polícia Militar, no Calhau. Também um vigilante está preso em Pedrinhas, suspeito desse crime.

Entenda

Os crimes nos últimos sete dias deste mês

Dia 25: José William dos Santos Silva, de 24 anos; Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos, e Caio Alexandre Ribeiro Guimarães, de 20 anos;

Dia 27: Américo Mendes Sampaio, de 69 anos, e Marcos Mateus Melo, de 20 anos;

Dia 28: Anderson Farias de Oliveira, de 18 anos;

Dia 29: Pedro Henrique da Cunha, de 29 anos, e um adolescente, de 16 anos;

Dia 30: Francisca Doralice da Silva Oliveira, de 48 anos, Tiago da Silva Fernandes, de 48 anos, e Carlos Alexandre Souza, de 39 anos;

Dia 31: vítima, até o período da tarde estava sem identificação

Número

12

foi o número de pessoas assassinadas em menos de uma semana na Região Metropolitana de São Luís

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