[e-s001]Recentemente, O Estado publicou reportagem sobre a situação decadente dos parques localizados na região da Lagoa da Jansen, em São Luís. Desta vez, o problema foi verificado na área do Complexo Canhoteiro, em frente ao Ginásio Georgiana Pflueger, conhecido, popularmente, como Ginásio Castelinho, na capital. Os equipamentos utilizados para a prática de exercícios físicos, como barra fixa, por exemplo, estão destruídos. De acordo com pessoas que usam o local para as atividades, vândalos arrancaram os pedaços de madeira e os levaram.
O trecho é muito utilizado para a realização da calistenia, como é chamada a modalidade de exercício baseada no uso do peso do corpo para ganhar resistência, massa muscular e equilíbrio. Os equipamentos são feitos de madeira. Aos poucos, os vândalos estão deteriorando a estrutura. Muitas partes já foram retiradas e ainda não receberam conserto. Os praticantes de atividades físicas disseram a O Estado que os criminosos agem durante a noite, mesmo com a presença de vigilantes no Ginásio Castelinho.
Segundo a aposentada Maud da Conceição, de 74 anos, que mora nas proximidades, é inadmissível que o local seja depredado assim, em um local onde ficam vigilantes e trabalhadores que estão atuando nas obras de reforma do Ginásio Castelinho e da área onde fica a piscina poliesportiva. “Eu faço exercícios aqui há quase 10 anos. Nunca tinha visto a situação chegar nesse nível. A gente perde muito. Eu não tenho condições de pagar uma academia, então, aqui é minha única alternativa para ter uma boa saúde”, desabafou.
Também revoltado, o auxiliar de serviços gerais Antonio Cosme, 29, disse que, recentemente, quando tentou fazer barra fixa, a parte de madeira fez um barulho estranho, como se estivesse quebrando. Então, com medo de cair, interrompeu o movimento. “Tudo aqui está precário. A gente não pode nem mais utilizar os equipamentos direito. Eu soube que estão destruindo as coisas de madrugada. Pelo menos é o que estão dizendo”, comentou o rapaz.
Mato e furtos
Além do problema da deterioração, outros problemas estão afetando a rotina de quem realiza exercícios físicos na região. O mato está crescendo e se expandindo entre os equipamentos. Na vegetação rasteira, pessoas estão jogando lixo, cujo acúmulo pode gerar doenças em quem caminha pelo local. “É um erro de todos. Eu já vi o próprio pessoal que faz caminhada aqui jogando litros e cascas de banana no chão. Mas também tem gente que mora perto que faz isso”, assinalou o carroceiro João da Mata, de 60 anos.
Os usuários dos equipamentos também reclamam do furto de anilhas, que é um disco com um furo, geralmente no meio, utilizadas como peso para movimentos de supino, por exemplo. Os jovens que fazem musculação com esses aros disseram a O Estado que ainda tentam esconder os materiais com lona e cadeados, mas os criminosos sempre dão um jeito e conseguem levar os objetos de ferro.
“Além das anilhas, estão levando as barras de ferro, também. Somos nós quem compramos esses equipamentos. A gente se junta para comprar essas coisas, para a nossa saúde. Agora, a gente fica nessa situação. Muito complicado”, declarou o estudante de Administração Carlos Renato.
[e-s001]Em nota, a Secretaria de Esporte e Lazer (Sedel) informou que está realizando o levantamento em toda a área do Complexo Canhoteiro, que abrange o Castelão, Castelinho, o Ginásio Manoel Trajano, Paulo Leite, pista de atletismo e as quadras poliesportivas, para a realização do projeto de revitalização de todas as praças esportivas do referido complexo, que acontecerá ainda nesse primeiro semestre.
Sobre o policiamento, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou que a região do Complexo Esportivo Castelão é diariamente alvo de patrulhamentos realizado por equipes do 9ºBPM. As ações preventivas e ostensivas são realizada pelo Grupo Tático Móvel (GTM), Albatroz e viaturas de áreas, cujos pedestres e veículos em situação suspeita são abordados no intuito de inibir atos criminosos na localidade. A SSP ressalta, ainda, que as vias de acesso ao complexo, são monitoradas por câmeras do circuito de segurança do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
SAIBA MAIS
Com a proximidade de um ano de desabamento da estrutura do Ginásio Georgiana Pflueger, a edificação continua sendo reformada. O teto caiu no dia 6 de março do ano passado, depois de uma chuva intensa na capital maranhense, que causou outros transtornos, como a queda do muro de uma casa no bairro Redenção. O local continua descoberto, pois o telhado foi retirado para as obras.
Depois que a estrutura caiu, ela foi removida, após a realização de procedimento pericial. As vidraças estão quebradas, na maior parte. Outras, que permanecem intactas, estão repletas de poeira. Trabalhadores foram observados dentro do local, mas a reforma permanece sendo realizada após 10 meses do desabamento. Nas imediações, três placas foram colocadas pelo Governo do Estado, que informam sobre a reforma e adequação do Parque Aquático do Complexo Canhoteiro.
Ao redor do ginásio, há entulhos, que são formados em decorrência da reforma. De acordo com pessoas que trabalham em autoescolas, as obras foram paralisadas durante um tempo, mas depois foram retomadas.
Saiba Mais
- Governo do Estado libera reforma do Ginásio Castelinho
- Quase um ano depois de desabamento, reforma do Castelinho não foi concluída
- Caso Castelinho: obra somente após laudo, diz secretário
- Após desabamento de teto, perícia é iniciada no Ginásio Castelinho
- Sem manutenção, telhado do Ginásio Castelinho desaba
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