Eleições 2020

Maiores partidos ainda indecisos sobre eleição deste ano em São Luís

Com mais de 70% do tempo de televisão e do fundo partidário, maioria dos 10 grandes partidos no Maranhão mantém cautela sobre eleição na capital

José Linhares Jr/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Roseana Sarney é colocada como candidata à Prefeitura de São Luís pelo MDB desde o fim do ano passado
Roseana Sarney é colocada como candidata à Prefeitura de São Luís pelo MDB desde o fim do ano passado (Roseana Sarney)

Dos nomes já apresentados como pré-candidatos à Prefeitura de São Luís este ano, somente três estão com aval de seus partidos para entrar na disputa. A maioria ainda está em análise por suas legendas. Um exemplo é o PSD, PSL e PSDB. Estas legendas ainda guardam costuras para definir rumos. Dos maiores partidos, o PT é o que mais parece sem rumo na capital maranhense.

A pouco mais de sete meses da decisão final sobre as candidaturas, as maiores legendas no estado não bateram o martelo sobre as eleições em São Luís. O clima geral entre as siglas é de prudência. Como a demonstrada pelo deputado federal Edilázio Júnior (PSD).

“O momento agora é de análise. Qualquer movimento precipitado pode incorrer em problemas no futuro. Dessa forma, nós estamos fazendo a opção pela precaução”, disse.
Das 10 maiores legendas, que abrigam 71,15% de todo o tempo na televisão e recursos do fundo eleitoral, apenas PSB e Democratas dão sinais de candidaturas irreversíveis com os deputados Bira do Pindaré e Neto Evangelista. Das oito restantes, apenas PDT e MDB sustentam, mesmo que de forma ainda duvidosa, as pré-candidaturas do presidente da Câmara de Vereadores, Osmar Filho, e da ex-governadora Roseana Sarney.

Com as três maiores bancadas na Câmara Federal, PT, PSL e Progressistas até agora não deram sinais concretos sobre o rumo que devem seguir nas eleições de 2020 na capital. O presidente municipal do PT, vereador Honorato Fernandes, já sinalizou recentemente que há um sentimento forte na legenda para uma candidatura própria. No entanto, nenhuma pré-candidatura foi oficialmente lançada.

Nem o ex-presidente Lula, em seu discurso sobre as candidaturas do PT em capitais, chegou a citar a capital maranhense.

Rumos
Os rumos do PSL, que tem a segunda maior bancada federal no país, devem ser decididos pelo vereador Chico Carvalho. O PSL, assim como o PT, tende pela candidatura própria e espera pela decisão do ex-prefeito Tadeu Palácio. Enquanto Palácio não define sua posição, o PSL estadual mantém aberto o canal de negociação com outros partidos no Maranhão.

No Progressistas, a diretriz é esperar. Em entrevista ao Bom Dia Mirante, na sexta-feira, 17, o presidente da legenda no estado, deputado federal André Fufuca, disse que o partido irá esperar até o último momento para se definir. “Quem tem prazo não tem pressa. O momento agora é de analisar e conversar com a base do partido para poder tomar a melhor decisão para a legenda e para a cidade”, disse Fufuca.

Ao contrário das outras legendas, o PSD tem apenas duas prerrogativas determinadas. “Não iremos compor em hipótese alguma com Bira do Pindaré (PSB) ou com qualquer candidato do PCdoB”, explicou Edilázio. O deputado disse que, atualmente, existem opções próprias e que há também uma interlocução com nomes de outros partidos.

“Por conta de ser um partido sem máculas, o tempo de televisão e do fundo eleitoral, o PSD está sendo muito assediado. Temos três postulantes que podem sair pelo partido e mantemos conversações com o Eduardo Braide (Podemos), Osmar Filho (PDT), Adriano Sarney (PV) e Neto Evangelista (DEM)”, explicou.

Na disputa
As executivas estadual e municipal do MDB continuam apostando no projeto de ter a ex-governadora Roseana Sarney como candidata em São Luís. “Roseana já foi a melhor prefeita que São Luís já teve.

Tanto na infraestrutura quanto nos programas sociais. Temos interesse em manter esse projeto para promover mudança a apresentar uma alternativas para São Luís”, disse Roberto Costa em referência a ações realizadas por Roseana na capital quando exercia o cargo de governadora.

Apesar da ex-governadora ainda não garantir sua participação no pleito deste ano, Roberto Costa afirma que não há discussão sobre alternativas. “O que vamos fazer é ampliar as discussões sobre o nome dela (Roseana). Não há debate sobre plano B ou C. Não temos como discutir outras opções se a melhor opção está dentro do nosso quadro”, explicou.

No PSDB, segundo o presidente da legenda no estado, senador Roberto Rocha, a discussão deve ser aprofundada nos próximos meses e as possibilidades de composição e candidatura própria devem ser comparadas. “Já temos um pré-candidato, que é Wellington do Curso. Contudo, é importante saber que pertencemos a um grupo político de oposição ao governo do Estado. Neste aspecto, é perceptível a estratégia de Flávio Dino em lançar vários candidatos e forçar um segundo turno na tentativa de impedir uma vitória de Eduardo Braide no primeiro turno. E segundo turno em São Luís contra duas máquinas, Estado e Prefeitura, é complicado.

Dessa forma, o olhar político pode transcender as necessidades partidárias”, disse o presidente do PSDB no estado.

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