Sem estrutura

Usuários de ônibus estão à mercê da chuva

Diversas paradas de coletivos em São Luís não possuem abrigos com proteção, inclusive na área do centro e em avenidas movimentadas

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

[e-s001]A vida de quem utiliza transporte coletivo em São Luís ficou mais complicada com a chegada do período chuvoso, sobretudo porque muitas paradas de ônibus não têm abrigo. A ocorrência de chuva deve aumentar mais ainda nas próximas semanas na Ilha, de acordo com o setor de meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Na área do centro da cidade é possível observar a ausência de paradas com proteção, principalmente, próximo ao Colégio Liceu Maranhense e do Ginásio Costa Rodrigues. Nesta localidade circulam diariamente várias pessoas, que têm como destino escolas, trabalho ou hospitais. A funcionária pública, Ana Cláudia Azevedo, de 45 anos, disse que quando chove é necessário ficar debaixo das barracas, esperando pelo coletivo.

A aposentada Maria das Dores, de 69 anos, declarou que quando vai ao Centro não deixar de levar o guarda-chuva. “Sei que essas paradas não têm cobertura, então, fazendo sol ou chuva sempre trago guarda-chuva para a minha proteção”, frisou.

Situação semelhante acontece também em outros pontos da cidade. No Canto da Fabril, nas proximidades do Ministério da Fazenda, quem espera pelo coletivo disputa espaço sob os toldos de pontos comerciais para não se molhar.

Na parada, localizada em frente ao Hospital Aldenora Bello, no Monte Castelo o problema é o mesmo. Nesta parada estava Francimeire Bastita, de 34 anos, acompanhada da sua filha, de 9 anos. “O ponto não tem cobertura, então, irei me molhar em caso de chuva”, lamentou Francimeire Batista.

A aposentada Calmerida Lopes, de 61 anos, reclamou que na Ilha existem várias paradas de ônibus que não são cobertas. “Moro na Cidade Operária. Neste bairro, inclusive, na Avenida Principal, há pontos sem abrigo para os passageiros”, desabafou.

Mais problemas
Também é possível encontrar várias paradas com problemas em sua estrutura. Na Avenida Jerônimo de Albuquerque, uma das principais da capital, vários pontos de ônibus estão danificados. Um deles fica nas proximidades do antigo Roque Santeiro, no Bequimão. A estrutura de ferro está enferrujada, os bancos quebrados e apresentando riscos.

Outro ponto está localizado no bairro do Cohafuma. Nesta parada, os bancos foram arrancados, os parafusos estão à mostra e não existe cobertura. “Creio que esse local foi alvo de vândalos”, disse Jorge Antônio Silva, de 34 anos.

Já na parada em frente ao Palácio Henrique de La Roque, no Calhau, sobrou apenas a estrutura de ferro. Não há mais assentos e teto. Usuários de ônibus disseram que esse local também sofreu ação de vandalismo e a polícia não conseguiu identificar os acusados.

[e-s001]O ponto de ônibus onde o caos ainda é maior fica nas proximidades do Tropical Shopping, no Renascença. Neste local há buracos, lama, lixo, bancos quebrados, a estrutura de ferro enferrujada e ainda é possível encontrar moradores de rua dormindo nos assentos. Deivison Martins, de 19 anos, contou que na terça-feira, 14, sua irmã, Bruna, de 20 anos, caiu em um dos buracos ao descer do ônibus. “Ela desceu do coletivo e, como o sinal estava fechado, tentou atravessar a via, mas acabou caindo e sofreu lesão no pé”, disse.

Os vendedores, que atuam nesse local, declararam que vários transeuntes já caíram nos buracos, inclusive, crianças e idosos. “A parada de ônibus está cheia de problemas e ficamos ilhados quando chove, e ainda tem água de esgoto escorrendo pela via”, reclamou a vendedora Antônia Mendes, de 37 anos.

Implantação
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou ontem, por meio de nota, que os locais citados na reportagem já estão inseridos num cronograma para implantação de novos abrigos, e que atualmente estão em processo de licitação.

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