Passos lentos

Quase um ano depois de desabamento, reforma do Castelinho não foi concluída

Teto do ginásio desabou no dia 6 de março do ano passado, durante uma forte chuva; obras no Parque Aquático também acontecem em ritmo lento e piscina ainda está abandonada

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

[e-s001]No dia 6 de março, completará 1 ano do desabamento da estrutura do teto do Ginásio Georgiana Pflueger, conhecido, popularmente, como Ginásio Castelinho, localizado na região do Outeiro da Cruz, em São Luís. O telhado caiu depois de uma chuva intensa na capital maranhense, que causou outros transtornos, como a queda do muro de uma casa no bairro Redenção, alagamentos em bairros, e queda árvores no Centro. A reforma do ginásio ainda não foi concluída, assim como outras partes do Complexo Canhoteiro, no trecho onde há uma piscina poliesportiva.

Como verificou O Estado, o ginásio está descoberto, pois o telhado foi retirado para a reforma. Depois que a estrutura caiu, ela foi removida, após a realização de procedimento pericial. As vidraças estão quebradas, na maior parte. Outras, que permanecem intactas, estão repletas de poeira. Trabalhadores foram observados no local, e a reforma permanece sendo realizada após 10 meses do desabamento.

Nas imediações, três placas foram colocadas pelo Governo do Estado, que informam sobre a reforma e adequação do Parque Aquático do Complexo Canhoteiro. Ao redor do ginásio, há entulhos, que são formados em decorrência da reforma. De acordo com pessoas que trabalham em autoescolas, as obras foram paralisadas durante um tempo, mas depois foram retomadas.

Parque Aquático
Ao lado Ginásio Castelinho, o Parque Aquático também está com reforma em andamento. Uma parte está aterrada, como verificou O Estado. A piscina está abandonada, com a estrutura precária. Nas arquibancadas, predomina a deterioração, com a estrutura prestes a cair. Nas imediações, trabalhadores montaram uma base e estão atuando nas obras.

“Essa situação aí parece que não tem fim. A gente trabalha aqui todo dia e percebe que ora para, ora recomeça. Fica difícil terminar desse jeito”, disse Gerson Araújo, instrutor de uma autoescola.

O desabamento
No início da tarde do dia 6 de março do ano passado, por volta das 13h, a estrutura do teto do Ginásio Georgiana Pflueger foi abaixo quando caía uma forte chuva na capital maranhense. No momento do incidente, havia duas pessoas no local, que estavam trabalhando, mas não se feriram. Uma delas é o vigilante Helidiceley Ramos. Ele estava dentro da edificação e saiu correndo ao ouvir o barulho de algo desmoronando.

“Eu estava dentro do ginásio, quando ouvi os fortes barulhos. No primeiro sinal de que o telhado estava caindo, sinalizei para outro amigo que também estava lá dentro, e corremos para o lado de fora”, contou na ocasião o vigilante. Com a chegada do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), o fornecimento de energia elétrica foi interrompido, para que os estragos fossem avaliados nas inspeções, pois havia o risco de que alguém pegasse um choque.

[e-s001]Uma das extremidades do ginásio desabou, enquanto a outra ficou “em falso”. A estrutura completa do teto era segura por 18 colunas de concreto de mais de 10 metros de altura cada. Importante destacar que o desmoronamento ocorreu na parte metálica que compõe o telhado. Depois do caso, uma viatura da Polícia Militar permaneceu no local durante alguns meses, para evitar que curiosos se aproximassem e se machucassem, ou que fizessem saques.

Nesse intervalo, foi realizada uma perícia técnica na estrutura, para que as equipes pudessem ter uma dimensão dos danos. Uma limpeza do local também foi iniciada. Um projeto de reconstrução do ginásio foi elaborado.

Licitação
A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Sedel) e a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) informaram, em nota, que, assim como comunicado em outubro do ano passado, a licitação está prevista para ser finalizada ainda no início de 2020. Ou seja, está seguindo o cronograma normalmente.

“As obras no ginásio vão ser realizadas em duas etapas, atendendo ao modelo de acessibilidade e modernização”, finaliza a nota.

GINÁSIO CASTELINHO
O Castelinho é um ginásio poliesportivo com capacidade para 6.500 pessoas. É equipado com vestiário, banheiros, academia, alojamento, sala vip, área de administração, lanchonete, sala e vestiários para arbitragem. O nome Georgiana Pflueger foi uma homenagem a uma maranhense jogadora de vôlei que faleceu aos 19 anos, em consequência de um acidente de carro, com a atriz Surama Castro.
O local recebe importantes eventos, como os Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), um dos maiores torneios poliesportivos que reúne estudantes de escolas públicas de todo o Maranhão. Além disso, concertos, peças e eventos religiosos são frequentemente realizados no espaço.

Complexo Canhoteiro
Em 10 de dezembro de 2018, o Governo do Estado anunciou que Complexo Canhoteiro, que abriga o estádio de futebol Castelão, o ginásio de esportes Georgiana Pflueger (Castelinho), pista de atletismo, parque aquático, ginásio de artes marciais, pista de skate e pista de kart, com área total de 420.000 metros quadrados, estava sendo revitalizado desde o mês anterior.
A publicação diz que entre as principais modificações, estão sendo feitas a construção de arquibancada nas quadras em torno do Castelão, construção de duas quadras poliesportivas e de escadas de acesso às quadras seriam feitas. Ainda seriam realizadas adequações e revitalizações nas áreas já construídas no Complexo.

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