Vida nova

Onça-pintada cega é transferida do Maranhão para instituição em Goiás

Merlin foi vítima de caça e resgatado há três anos, no Maranhão, após levar um tiro na cabeça que provocou lesão que cegou seus dois olhos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Merlin ficou cego dos dois olhos após disparos de caçadores
Merlin ficou cego dos dois olhos após disparos de caçadores (Merlin)

São Paulo - A organização sem fins lucrativos Ampara Animal, em parceria com a ONG Nex, ajudou a organizar uma operação delicada para devolver para a onça-pintada Merlin uma parte do que foi tirado em 2016. Na época, um tiro disparado por caçadores deixou o animal cego dos dois olhos. O resgate foi realizado pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na região da baixada maranhense, no município de Pinheiro. Durante esses anos, o centro de triagem fez o melhor possível para cuidar dela, inclusive oferecendo-a para diversos zoológicos a fim de ser cuidada em um espaço melhor. Porém, todos se recusaram a recebê-la por causa da sua deficiência visual.

Foi quando em agosto de 2019, a Ampara Silvestre, o braço da Ampara Animal que cuida de animais silvestres, recebeu a ligação da ativista Alexia Dechamps e a informação de que uma onça-pintada macho havia sido resgatada pelo Cetas. Após estar devidamente informada da situação e dos cuidados que Merlin necessitava, a Ampara Silvestre, que já estava conduzindo a campanha #lifeprint em prol das onças do Brasil, desenvolveu um plano para que ela pudesse ter de volta pelo menos parte do que foi tirado dela de forma violenta e cruel.

O capítulo final da história foi um sucesso. Merlin foi transferido do Maranhão para um grande parceiro da organização, o NEX, em Goiás, onde um recinto novo e adaptado espera por ele. Os melhores e mais capacitados profissionais cuidaram de todo o processo e estão prontos para atender todas as suas necessidades especiais.

Todos os custos de transporte, acomodação, veterinários, alimentação e do próprio recinto estão sob responsabilidade da Ampara Silvestre. A Latam Airlines, por sua vez, foi a responsável pela cortesia do transporte aéreo da onça. Outra parte dos custos foi viabilizado pela campanha #lifeprint, mas ainda é preciso custear a manutenção desse animal tão especial, que foi vítima da crueldade humana. Por isso a ong pede doações e a sua colaboração através do canal: www.bit.ly/doacaoamparasilvestre.

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