Foragido

Fundador de facção é capturado com pistola de fabricação argentina

Carlos Augusto Barros, o "Carlinhos da Riod", fundou uma nova facção criminosa no Maranhão no início deste ano

Nelson Melo

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Carlos Augusto Barros Costa, preso pela polícia
Carlos Augusto Barros Costa, preso pela polícia (Carlinhos)

SÃO LUÍS - Foi capturado, na noite de domingo, 29, Carlos Augusto Barros Costa, mais conhecido como “Carlinhos da Riod” ou “Carlinhos Matador”, de 42 anos, na região da Vila Janaína, em São Luís. Idealizador de uma nova facção criminosa no Maranhão, com várias passagens pelo sistema penitenciário, ele estava foragido da Justiça devido à existência de mandado de prisão preventiva. Durante a abordagem, os policiais militares apreenderam uma pistola .40, de fabricação argentina, contendo 7 munições intactas.

Conforme o tenente-coronel Marcelo, comandante do 6º BPM, o faccionado foi encontrado na Avenida Sarney Filho, durante patrulhamento da guarnição, que avistou um veículo Amarok Trend, de placa PSS-9814, que era guiado por “Carlinhos da Riod”. Mesmo ao volante, o motorista manuseava uma arma de fogo. Após acompanhamento tático, o carro foi parado pela equipe, que localizou a pistola .40, de fabricação argentina, da marca Bersa S.A. Thunder.

Os policiais descobriram, então, que o motorista era foragido da Justiça, que fundou uma facção criminosa com atuação na região da Tajaçuaba e Santa Clara. Ele foi apresentado no Plantão de Polícia Civil da Cidade Operária.

Foragido da Justiça

Carlos Augusto estava foragido desde o dia 17 deste mês, quando a polícias Civil e Militar fizeram a “Operação Raiz”, no condomínio Eco Tajaçuaba, zona rural de São Luís. No local, foram cumpridos mandados de prisão e busca domiciliar contra membros dessa nova facção. Naquela ação, foram presos Leandro Silva Atan, conhecido como “Casquinha”; Vítor Rodrigues Sousa; Wagner Dias, o “Fiel” ou “Rafael”; Natanael Gonçalves Cardoso e Walyson de Jesus Silva, o “Marcinho”.

Todos são suspeitos de terem participado, direta ou indiretamente, da morte de Washington Luis Sousa Martins Santos, de 23 anos, fato ocorrido no dia 9 de outubro deste ano no Eco Tajaçuaba. Este assassinato foi cometido após um “tribunal do crime” instaurado pela facção. De acordo com a polícia, o grupo também estava expulsando moradores do condomínio, que pertence ao “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, para entregar os imóveis a comparsas.

A operação foi coordenada pela Delegacia Geral Adjunta Operacional e Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa. Participaram, com a mesma importância, a Polícia Militar do Maranhão e outras superintendências, como a Estadual de Investigações Criminais (Seic), de Polícia Civil do Interior (SPCI) e de Polícia Civil da Capital (SPCC).

“Carlinhos da Riod”

“Carlinhos da Riod” fundou o grupo no começo deste ano, logo após a morte de oito bandidos na Vila Conceição, Altos do Calhau, em São Luís, no dia 24 de janeiro, em um confronto com guarnições e equipes da Polícia Civil. Ele, segundo apurado pelo Jornal O Estado com um policial militar do Grupo de Serviço Avançado (GSA), participou da tomada do local por uma organização criminosa, mas, como o projeto de manutenção fracassou depois da operação policial, Carlos Augusto fugiu do local e criou um novo grupo na Grande Ilha.

Esse grupo montou sua base no Eco Tajaçuaba, mas se expandiu para a Santa Clara, Vila Riod, Vila Janaína e Residencial Tiradentes, conforme a fonte policial.

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