Parece ser uma história ocorrida há muitos anos, mas não é. Há menos de três décadas, as eleições no Brasil eram feitas por cédulas de papel. O processo era lento: votação e apuração. As fraudes eram um fato.
Em 1996, a Justiça Eleitoral trouxe uma inovação para tornar célere o processo eleitoral e também garantir que a vontade popular fosse respeitada. Para isso, a urna eletrônica passou a ser usada nas votações no país.
Há nove anos, foi inserida no sistema de votação a identificação biométrica (por impressão digital) do eleitor. Assim, os riscos de fraude no pleito fica praticamente em zero.
E nesse processo de automatizar a votação, o Maranhão conseguiu avançar e ficar a frente de cidades maiores e mais desenvolvidas.
Hoje o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Cleones Cunha, vai anunciar que, em 2020, a votação no Maranhão será 100% no sistema biométrico.
Até maio do próximo ano, pouco mais de 250 mil eleitores precisão procurar a Justiça Eleitoral para se recadastrar. Quem assim não fizer, não poderá votar.
De uma eleição para outra, o Maranhão andou ao lado das inovações da Justiça Eleitoral. Primeiro entraram no sistema biométrico as cidades de Paço do Lumiar e Raposa. Depois, em um trabalho ousado, o TRE conseguiu – em um ano – deixar todo o eleitorado de São Luís (o maior do estado) com o voto por meio da identificação por impressão digital.
Em junho de 2019, restavam mais de 1 milhão de eleitores para se recadastrar. Mais uma vez, o TRE foi ousado e trouxe um projeto-piloto que permitiu que eleitores que estiverem em cidade diferente de seu domicílio eleitoral pudesse fazer o recadastramento. Deu certo e o resultado é que mais de 94% do eleitorado maranhense já pode votar se identificando pela impressão digital.
Entrevista
Para apresentar os números sobre a biometria no Maranhão, o presidente do TRE, Cleones Cunha, vai reunir hoje a imprensa.
A entrevista coletiva está marcada para acontecer às 16h na sede do tribunal antes do início da sessão de julgamento da Corte Eleitoral.
O presidente vai mostrar que o Maranhão é o 10º estado brasileiro a ter uma votação 100% biometrizada.
Emendas
Na próxima quarta-feira, 18, a Câmara Municipal de São Luís vai votar a proposta orçamentária do município para 2020.
Nos bastidores, não há crise para que a proposta seja votada. Este será o primeiro ano, em sete anos de governo de Edivaldo Júnior, que a Prefeitura conseguirá aprovar o orçamento sem traumas.
E tudo isso é possível porque a emenda parlamentar é impositiva. Cada vereador tem direito a cerca de R$ 1 milhão em emendas.
Certo
O governador Flávio Dino (PCdoB) não esperou os trâmites burocráticos e, usando de sua prerrogativa, suspendeu de suas funções o coronel Antônio Terra, que cedeu para o filho um carro da Polícia Militar para uso pessoal.
O decreto de Dino é da última sexta-feira. No documento, o governador mostra que o coronel da PM cometeu um crime e este deve ser apurado pela corporação.
Pela decisão do governador, coronel Terra deixa suas funções que eram desempenhadas à frente do Comando de Policiamento Especial (CPE).
Reafirmando
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) garante que, mesmo com a eventual candidatura da tia, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), vai disputar a Prefeitura de São Luís.
Ele teve o apoio declarado do presidente nacional do PV, Luiz Penna, na semana passada. Com isso, Adriano disse que sua pré-candidatura é irreversível.
- Reafirmo minha pré-candidatura escolhida pela unanimidade de meus correligionários e agora chancelado pelo presidente nacional do partido como uma das prioridades do PV em nível Brasil - disse o deputado.
Prioridade
Quem teve também movimento partidário no fim de semana foi o deputado federal Bira do Pindaré (PSB).
Durante inauguração da nova sede do partido, Pindaré recebeu o ex-senador João Capiberibe, que trouxe um recado do presidente nacional do PSB.
Segundo o ex-senador, a direção nacional do partido vai tratar a candidatura de Bira a prefeito de São Luís como uma prioridade.
De olho
94,36% do eleitorado do Maranhão já está dentro do sistema biométrico de votação.
Receio
Com receio de perder o mandato, o deputado Yglésio Moyses, que vai deixar o PDT, procurou o colega Zito Rolim (PDT) para o questionar sobre a possibilidade de ele (Rolim) buscar o mandato de Moyses.
O ex-prefeito e agora deputado estadual disse que não acionará Yglésio na Justiça quando este deixar o PDT.
Moyses sairá o partido para conseguir espaço em outra legenda, para que ele possa entrar na disputa pela Prefeitura de São Luís em 2020.
E mais
Yglésio Moyses entrou na Justiça para conseguir deixar o partido sem se preocupar com a questão da fidelidade partidária.
O julgamento da ação do ainda pedetista deve ocorrer esta semana. Se a Justiça permitir a desfiliação, Moyses vai intensificar suas conversas com outros partidos.
A ação do deputado é uma carta de seguro mesmo diante da declaração do presidente estadual do PDT, senador Weverton Rocha, de que permitiria a sua saída da legenda.
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