BRASÍLIA - A Comissão Examinadora do concurso público do Senado promoveu audiência pública nesta quinta-feira (5), às 15h, na sala 2 da Ala Nilo Coelho. Estiveram presentes membros de nove bancas organizadoras de certames, que por mais de quatro horas apresentaram metodologias e sugestões para a organização da futura seleção pública do Senado.
— Foi um encontro muito proveitoso. Os subsídios que os convidados apresentaram será importantíssimo para que possamos modelar um projeto especificando o objeto de forma transparente e com profundidade, na qual possamos esclarecer todas as obrigações e tarefas que essas organizadoras terão que executar — destacou Roberci Ribeiro, coordenador-geral de Processos Administrativos e Contratações e presidente da Comissão Examinadora do concurso.
Os assuntos debatidos na audiência foram separados em 11 blocos temáticos, nos quais todos os convidados puderam apresentar as especificações de suas instituições, bem como sugestões para a realização do certame. Os blocos debatidos foram: segurança, locais de prova, acessibilidade, realização das provas, armazenamento (das provas e recursos), transparência, interferências externas, atendimentos especiais, inclusão social, fase recursal, e formação de preços.
Ineditismo
Os convidados elogiaram a iniciativa de realizar a audiência pública pela transparência e credibilidade que confere ao certame. Valdir Lima, do Instituto de Acesso Público, destacou que em 30 anos no ramo jamais havia tido notícia de evento semelhante. Jucélia Vieira, do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), disse ter ficado satisfeita pela metodologia do debate, pela qual todos os participantes puderam expor abertamente seus pontos de vista.
— Tivemos uma reunião para discutir aspectos de um certamente, recentemente, com uma autarquia de Minas Gerais, mas certamente não foi um encontro deste porte, em um órgão de repercussão nacional como o Senado — destacou José Otávio Guimarães, professor da UnB e integrante do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe, antigo Cespe).
Também compareceram à audiência representantes do Instituto Acesso Público, Instituto de Acesso à Educação, Capacitação Profissional e Desenvolvimento Humano (Access), Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional (Idecan), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto AOCP e Fundação Cesgranrio.
Edital
A Comissão Examinadora vai se concentrar daqui por diante na elaboração do projeto-base do certame. A expectativa é que o edital do concurso seja divulgado ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Os membros da comissão trabalham com a possibilidade de que o concurso do Senado atraia grande número de interessados, na casa dos 100 mil.
— Diante da proporção do certame que iremos realizar, pretendemos entrar em contato com diversas instituições, inclusive aquelas que não estiveram presentes à audiência. Teremos que nos certificar que a instituição tenha capacidade operacional de executar um projeto que envolva dezenas de milhares de pessoas — afirmou Roberci.
Entre os fatores que são avaliados para estimativa de candidatos está a redução recente na quantidade de concursos públicos abertos pelo Poder Executivo. Outro item analisado é a atração oferecida pelo concurso do Senado em si, incluindo salários, estabilidade no cargo e as possibilidades de carreira.
O tipo de cargo a ser oferecido também pode implicar uma procura maior. Entre as 40 vagas oferecidas (incluindo cadastro reserva) pelo Senado, estão 24 de técnico legislativo, nível médio, para policial legislativo.
Conforme ressaltou Alexandre Cardoso, do Instituto Americano de Desenvolvimento, um certame do ano passado para soldado e oficial da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, com salários de R$ 3,5 mil a R$ 7 mil, resultou em mais de 36 mil inscritos. Também no ano passado, seleção púbica da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) atraiu 99.796 candidatos para disputar 86 vagas.
O presidente da Comissão Examinadora argumentou que a expectativa de grande procura praticamente elimina a possibilidade de que todo o concurso seja realizado apenas em Brasília. Assim, a exemplo dos certames de 2008 e 2011, a possibilidade maior é de que a prova, ou pelo menos a primeira fase objetiva, seja disponibilizada em todas as capitais brasileiras.
Fonte: Agência Senado
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