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Maranhão é o estado com menor expectativa de vida, diz IBGE

Maranhense vive, em média, 71,1 anos; uma pessoa nascida no estado pode viver 8,6 anos a menos do que em Santa Catarina

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

[e-s001]Dentre as unidades da federação, o Maranhão é a que possui menor expectativa de vida, com 71,1 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil, que coletou informações de 2018. Isso significa que uma pessoa nascida no estado viveria em média 8,6 anos a menos que Santa Catarina, que ficou em primeiro lugar, com 79,7 anos.

Ainda segundo informações do IBGE, a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida no Maranhão é de 19,4%, ocupando a segunda colocação nesse índice, que é liderado pelo Amapá, com 22,8%. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil é de 12,4 óbitos por mil nascimentos. Essas e outras informações estão disponíveis na Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil-2018, que apresenta as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos.

Os dados são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. A presente edição traz comparações com 1940, ano a partir do qual foi verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas taxas de mortalidade.

Expectativa de vida
De acordo com o IBGE, uma pessoa nascida no Brasil em 2018 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,3 anos. Isso representa um aumento de três meses e 4 dias em relação a 2017. A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em 2018, enquanto a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos.

A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino em 2018 não completar o primeiro ano de vida era de 13,3 a cada mil nascimentos. Já para as recém-nascidas, a chance era de 11,4 meninas não completarem o primeiro ano de vida. A mortalidade na infância, de crianças menores de cinco anos, caiu de 14,9 por mil em 2017 para 14,4 por mil em 2018.

Das crianças que faleceram antes de completar os 5 anos de idade, 85,5% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de não sobreviver entre 1 e 4 anos. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais do que o dobro do que foi observado em 2018.

Aumento da expectativa
Em 1940, a expectativa de vida era de 45,5 anos, sendo 42,9 para homens e 48,3 anos para mulheres. Entre 1940 e 1960, o Brasil praticamente reduziu pela metade a taxa bruta de mortalidade (o número de óbitos de um ano dividido pela população total em julho daquele mesmo ano), caindo de 20,9 óbitos para cada mil habitantes para 9,8 por mil. A expectativa de vida ao nascer em 1960 era de 52,5 anos. Ao todo, a expectativa de vida aumentou 30,8 anos entre 1940 e 2018, chegando a 76,3 anos.

Em 1940, uma pessoa, ao completar 50 anos, tinha uma expectativa de vida de 19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos. Com o declínio da mortalidade nesse período, um mesmo indivíduo de 50 anos, em 2018, teria uma expectativa de vida de 30,7 anos, esperando viver em média até 80,7 anos, ou seja, 11,6 anos a mais do que um indivíduo da mesma idade em 1940.

Tábua de Mortalidade
O primeiro estudo é de 1991. Desde 1999, em cumprimento ao artigo 2º do Decreto nº 3.266, de 29.11.1999, o IBGE divulga, anualmente, até o dia 1° de dezembro, no Diário Oficial da União, a Tábua Completa de Mortalidade para o total da população brasileira em 1º de julho do ano anterior. Os dados são provenientes da projeção oficial da população brasileira para o período 2010-2060.

A Tábua Completa de Mortalidade é obtida a partir das Tábuas Abreviadas de Mortalidade, por meio de metodologias apropriadas para transformar os intervalos quinquenais utilizados em intervalos unitários.

SAIBA MAIS

Probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida
- Unidades da federação
Amapá – 22,8%
Maranhão – 19,4%
Rondônia – 19,2%
Piauí – 18%
Alagoas – 17,3%
Amazonas – 17,2%
Roraima – 16,8%
Mato Grosso – 16,1%
Bahia – 16%
Acre – 15,8%
Pará – 15,6%
Tocantins – 14,9%
Sergipe – 14,8%
Paraíba – 14,7%
Goiás – 14,1%
Rio Grande do Norte – 13,5%
Ceará – 13,2%
Mato Grosso do Sul – 13,2%
Pernambuco – 11,7%
Rio de Janeiro – 10,8%
Distrito Federal – 10,1%
Minas Gerais – 10%
São Paulo – 9,3%
Rio Grande do Sul – 9,1%
Santa Catarina – 8,6%
Paraná – 8,6%
Espírito Santo – 8,1%.

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