SÃO LUÍS - O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançam hoje (28) o documentário “Precisão: uma história de vida de trabalhadores(as) resgatados(as) de condições análogas ao trabalho escravo”. O evento ocorrerá das 14h30 às 18h, no Palacete Gentil Braga (Rua do Passeio, 56, Centro).
A programação, que conta com a parceria com a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), inicia às 14h30 com credenciamento dos participantes; às 15h, acontece a mesa de abertura com representantes de diversas instituições que atuam no combate ao trabalho escravo. Em seguida, das 15h35 às 15h50, será exibida a versão em curta-metragem do vídeo “Precisão”. O filme conta a história de diversos trabalhadores que foram vítimas de trabalho escravo.
Das 16h15 às 17h, haverá uma roda de conversa com seis maranhenses que foram resgatados em situação semelhante à escravidão. São eles: Gilza Arruda Santos (Grajaú), Gildásio Silva Meireles (Monção), José Antônio da Conceição (Santa Luzia), Leandro de Oliveira (Santa Luzia), Marinaldo Soares Santos (Monção) e Sebastião Furtado (Monção). Em seguida, das 17h às 17h45, será exibida a versão em longa-metragem do documentário, com encerramento da programação na sequência.
Maranhão recordista
Segundo dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas (Smartlab MPT/OIT), o Maranhão é o maior exportador de mão de obra escrava do Brasil. De acordo com o levantamento, 22% dos trabalhadores resgatados em todo o país nasceram em território maranhense.
O estudo também apresenta outro dado alarmante: 18% das vítimas declararam, no ato do resgate, que residem no Maranhão. Dos 10 municípios brasileiros com o maior número de vítimas do trabalho escravo conforme o local de nascimento declarado, cinco são do Maranhão: Codó, Imperatriz, Pastos Bons, Santa Luzia e Caxias.
Em todo Brasil, 73% das vítimas resgatadas trabalhavam no setor agropecuário. 54% são pretos ou pardos. 31% são analfabetos e outros 39% só estudaram até o 5º ano. Os setores recordistas de casos são criação de bovinos para corte, com 32%; cultivo de arroz, com 20%; fabricação de álcool, com 11%; e cultivo de cana-de-açúcar, com 8%.
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