OIT e MPT

ONU realiza treinamento contra o trabalho escravo no Maranhão

Iniciativa foi destinada a membros da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo

Nações Unidas Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
O treinamento foi ministrado por Luís Fujiwara, coordenador do projeto Smart Lab de Trabalho Decente
O treinamento foi ministrado por Luís Fujiwara, coordenador do projeto Smart Lab de Trabalho Decente (ONU)

Por meio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a ONU realizou em abril oficina de treinamento para capacitar 28 membros da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE/MA) no uso de um sistema que monitora o atendimento a trabalhadores resgatados e populações vulneráveis.

A capacitação foi realizada por meio de uma parceria entre OIT e Ministério Público do Trabalho (MPT), e contou com a participação da procuradora regional do trabalho Virgínia de Azevedo Neves. Participaram representantes de organizações governamentais, da sociedade civil, do próprio MPT e da OIT.

O Integra 2.0 é um sistema integrado de gestão de iniciativas de atendimento direto de trabalhadores resgatados e populações vulneráveis ao aliciamento e exploração pelo trabalho análogo ao escravo.

A ferramenta oferece um pacote de soluções de gestão que envolve a identificação e a busca ativa de beneficiários, passando pelo planejamento estratégico e operacional, definição de orçamento orientado para resultados, até o monitoramento de atividades e resultados.

Desde o final do ano passado, a OIT vinha articulando com a Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão (SEDIHPOP/MA) e outras secretarias do estado a organização do treinamento.

A atividade faz parte do plano de trabalho que está sendo desenvolvido no estado pelo projeto firmado entre a OIT e o MPT com vistas à Promoção e Implementação dos Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho no Brasil.

O Integra 2.0 começará a ser utilizado em fase piloto por SEDIHPOP/MA, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH), que irão incluir no sistema informações de trabalhadores resgatados de trabalho escravo. O objetivo é que a ferramenta seja avaliada pelas organizações para um posterior aperfeiçoamento.

De acordo com a OIT, o uso do sistema permitirá que gestores e gestoras, assim como agentes de campo, tenham uma visão abrangente e integrada do público beneficiário e das atividades desenvolvidas, facilitando a elaboração de iniciativas que tenham efeito direto na vida da população.

O treinamento foi ministrado por Luís Fujiwara, coordenador do projeto Smart Lab de Trabalho Decente, resultado de uma parceria entre o MPT e a OIT.

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