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Presos acusados de tortura, tráfico de droga e homicídios na capital

Criminosos foram presos pela Polícia Civil, na área do São Raimundo, e são suspeitos de cometerem, pelo menos, seis assassinatos neste ano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Em poder do bando, a polícia apreendeu aparelhos celulares, um veículo Ford Ka e uma quantidade de entorpecente
Em poder do bando, a polícia apreendeu aparelhos celulares, um veículo Ford Ka e uma quantidade de entorpecente (OPERAÇÃO DEMOLIÇÃO )

SÃO LUÍS - Integrantes de uma facção criminosa, que tem como base o estado do Rio de Janeiro, suspeitos de cometerem crimes de tortura, tráfico de entorpecente e uma série de homicídios no bairro do São Raimundo, em São Luís, foram presos durante a segunda etapa da operação Demolição, realizada, nesta quarta-feira (13), pela Polícia Civil na Grande Ilha. Segundo a polícia, esse grupo criminoso recebe ordens de custodiados do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e teria cometido, pelo menos, seis assassinatos nessa localidade durante este ano. Os corpos das vítimas foram enterrados em um cemitério clandestino, na capital.

As prisões ocorreram na Cidade Olímpica e uma das detidas foi Taize Tobias Silva, conhecida como Princesa. A polícia informou que ela é acusada de controlar a venda de drogas e atualizar o cadastro dos integrantes do bando criminoso. Os outros detidos foram identificados como Daniel Silva Alves, o Gordinho; Johanne Fernanda Mendonça da Silva e Kellen Cristina Rodrigues, a Wan-Lume.

Em poder do bando, a polícia apreendeu vários aparelhos celulares, um veículo Ford Ka e uma quantidade de entorpecente, denominada como Skank. Os presos foram levados primeiramente para a sede da Polícia Civil, na Avenida Beira-Mar, onde prestaram esclarecimentos sobre o caso e, logo em seguida, encaminhados para Pedrinhas.

No decorrer da primeira etapa desse cerco policial, que ocorreu no dia 18 de setembro deste ano, doze mandados de prisão foram cumpridos. A incursão contou com a participação de mais de 60 policiais civis e do helicóptero do Centro Tático Aéreo (CTA). Os detidos na região foram João Vitor Araújo Barros, Pablo Felipe da Silva Ribeiro, Elizabeth Nogueira Soares, Dulcilene Rocha dos Santos, Núbia Cristiane Bezerra Lima, Wellington Sandro dos Santos Lima e Leone de Sousa Caxias. As outras ordens de prisões fazem referência a internos de Pedrinhas.

Mais prisões

Também nesta quarta-feira, acusados de roubo de motocicletas e falsificadores de documentos públicos, que eram vendidos e utilizados por estelionatários, foram retirados de circulação durante um cerco da polícia realizado em São Luís. O delegado Carlos Alessandro de Assis, que é superintendente da Polícia Civil da Capital, informou que esse cerco tinha como objetivo reprimir os crimes patrimoniais e foi realizado pelas equipes das Delegacias de Roubos e Furtos (DRF) e Roubos e Furtos de Veículos (DRFV).

O delegado disse que seis mandados judiciais foram cumpridos. Entre eles, quatro de buscas e apreensões e dois de prisões. Um dos detidos foi identificado como Matheus Ferreira, de 20 anos. Segundo o delegado, ele vinha sendo investigado desde o mês de março deste ano e tinha passagem pelo crime de roubo. Ele também é suspeito de fazer parte de um grupo criminoso especializado em roubo de motocicletas na Região Metropolitana. Uma duas suas empreitadas criminosas teve como foco um moto, no bairro do São Raimundo. Este veículo foi tomado de assalto no mês de fevereiro de 2019.

O outro detido foi Jorge Henrique Vieira Pereira, de 46 anos. De acordo com o delegado Carlos Alessandro, o criminoso é um dos “cabeças” de um bando acusado de falsificar documentos públicos. Este material é utilizado por estelionatários para aplicar golpes no Maranhão e em outros estados.

A polícia ainda fez uma revista, por determinação judicial, a uma gráfica, localizada nas proximidades do Mercado Central, onde apreendeu um vasto material irregular. Entre os documentos estão carteira de identidade, de motorista, diplomas, armas de fogo, certidão de nascimento, atestado médico, escrituras públicas, declaração de óbito, selo judicial, declaração de nascidos com vida e vários carimbos. “Todo esse material ainda no decorrer desta semana vai ser encaminhado para Icrim onde será periciado”, comentou o delegado

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