Violência

Criminosos explodiram o BB de Governador Archer, mas não levam dinheiro

Os bandidos, além de realizarem o ataque, trocaram tiros com a polícia; só este ano 32 instituições financeiras no estado foram alvos de bandidos

Ismael Araújo / O Estado MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Interior da agência do BB de Governador Archer ficou danificada
Interior da agência do BB de Governador Archer ficou danificada (BB Governador Archer assalto)

São Luís - Uma agência bancária do interior do estado voltou a ser alvo de bandidos. Na madrugada desta segunda-feira, 4, criminosos explodiram e tentaram roubar o dinheiro do cofre do Banco do Brasil da cidade de Governador Archer, mas foram interceptados pela equipe da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc). Segundo a polícia, não levaram nenhuma quantia em dinheiro. Somente neste ano, 32 bancos já foram atacados por assaltantes, no Maranhão, enquanto, em todo o ano passado, 21 casos e entre as ocorrências de assalto, explosão como também de tentativas de roubo e arrombamento.

No período da manhã de ontem ainda era possível observar no banco o rastro de violência deixado pelos assaltantes. A porta central quebrada. O piso e a calçada cobertos de estilhaço de vidro. Na parte interna havia bananas de dinamite. Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) e os investigadores da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) estavam no local apurando o caso.

O delegado Luciano Bastos, chefe do Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (Decrif), órgão ligado a Seic, declarou que quatro criminosos entraram no banco por volta das 2h30 e realizaram a explosão. O barulho acabou chamando a atenção da equipe da Senarc, que estava nessa cidade participando da operação Maranhão Seguro. Houve confronto e os bandidos fugiram do cerco policial.

A agência ainda sofreu dano material. O delegado informou que bananas de dinamite foram recolhidas no local e serão periciadas no decorrer desta semana. Policiais militares e civis estão realizando incursões na região para prender os bandidos, mas até o começo da tarde de ontem não tinham obtido sucesso.

Grupo criminoso

Um bando criminoso, que é composto por piauienses, maranhenses e paraenses, acusado de cometer crime de “Sapatinho”, em que o bancário e os seus familiares são feitos reféns, foi apresentado ontem, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira. O delegado Luciano Bastos disse que os bandidos foram presos na última sexta-feira, em Bacabal, como também apreenderam um adolescente e pretendiam agir durante a noite de domingo, 3, e tinham como alvo um bancário do município de Poção de Pedras. Em poder deles, foram apreendidos dois revólveres e uma pistola.

Os presos foram identificados como Cleidiane Cordeiro da Silva, Loura, natural do Marabá, no Pará; Anderson da Silva Viana, Dudu, da capital piauiense e possuía ordem de prisão expedido pela comarca de Timon e Buriticupu; Ronildo Freitas Mendes, Índio Bravo, de Coelho Neto, e foragido do estado do Pará; Moisés Lopes de Moraes, de Teresina, no Piauí; Pedro Alves de Oliveira, de Poção de Pedras; Lucas Cardoso Assunção, de Marabá; e Wanderson Aguiar da Luz, Juninho, de Bacabal. O adolescente é natural do estado do Pará.

O delegado Armando Pacheco, superintendente da Seic, informou que os passos desses quadrilheiros estão sendo monitorados desde agosto deste ano. Neste período, eles tentaram realizar esse tipo de crime na cidade de Buriticupu. A polícia, por meio de investigação, ficou sabendo que a Loura tinha alugado uma casa, na área de central de Poço de Pedras, há 15 dias.

A polícia também sabia que um dos integrantes do bando já tinha repassado as informações sobre o funcionamento da agência bancária, inclusive que o cofre tinha sido abastecido na última sexta-feira, aos outros assaltantes como ainda que um adolescente trouxe armamento do estado do Pará.

Foi montado o cerco, na sexta-feira, 1º, e o bando acabou sendo retirado de circulação. Armando Pacheco afirmou que os detidos foram autuados pelo crime de extorsão mediante a sequestro e encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. “Eles estavam decididos em realizar a ação criminosa durante o fim de semana”, comentou o delegado.

FIQUE POR DENTRO

Ocorrências de ataque a bancos durante este ano no Maranhão

Assalto: um caso

Explosão: 22 casos

Tentativas de assalto e arrombamento: nove casos

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