Segurança nacional

Governo dos EUA proíbe voos de drones fabricados na China

Medida deve afetar praticamente todos os equipamentos do Departamento de Interior norte-americano, uma vez que mesmo aqueles fabricados nos EUA têm componentes feitos na China

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Visitante verifica drone fabricado por empresa da China durante evento em Pequim
Visitante verifica drone fabricado por empresa da China durante evento em Pequim (AFP)

ESTADOS UNIDOS - O Departamento de Interior dos Estados Unidos proibiu voos de sua própria frota de drones fabricados na China ou com componentes chineses, dispositivos que, segundo Washington, podem representar um risco à segurança nacional.

O secretário David Bernhardt "revisa o programa de drones" do departamento e "ordenou que os drones fabricados na China ou com componentes chineses sejam proibidos de voar", explicou um porta-voz em comunicado.

O Departamento de Interior tem 810 drones: 786 fabricados na China e 24 nos Estados Unidos com peças feitas no país asiático. A empresa chinesa DJI é líder desta tecnologia, com 70% do mercado mundial.

China questiona decisão

O Ministério das Relações Exteriores chinês informou na sexta-feira, 1º,que ainda buscava "uma maior compreensão da situação", mas pediu para os Estados Unidos criarem um "entorno não discriminatório para empresas chinesas".

"Pedimos aos Estados Unidos que deixem de abusar do conceito de segurança nacional, deixem de exagerar a chamada 'ameaça da China' e deixem de oprimir as empresas chinesas sem razão", disse o porta-voz do ministério chinês, Geng Shuang, em coletiva de imprensa.

A diretriz não afeta os aparelhos "atualmente utilizados para emergências, como o combate a incêndios, as operações de resgate, as catástrofes naturais que possam colocar vidas e propriedades em risco".

"Estamos muito decepcionados", disse à AFP uma porta-voz da DJI, acrescentando que a empresa não tem mais comentários por ora.

Anteriormente, o governo do presidente Donald Trump proibiu empresas norte-americanas de vender artigos tecnológicos da chinesa Huawei – o que ampliou as disputas entre os Estados Unidos e a China.


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