SÃO LUÍS- Um espetáculo que ressalta a importância do amor, da ética, da preservação do meio ambiente e da tolerância e inclusão dos autistas nas relações humanas. É assim o musical “A Cigarra Autista”, a ser apresentado sábado e domingo, às 18h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol), estrelado pela cantora Anna Torres, maranhense radicada na França. No domingo, haverá uma sessão extra, fechada, às 16h, para alunos de escolas da rede municipal de ensino, atendendo a um pedido da Secretaria Municipal de Educação.
O musical é parte integrante de um projeto maior, que inclui ainda um livro/CD, com texto narrado e cantado pela artista. A iniciativa é de autoria da cantora e compositora, em parceria com o escritor Márcio Paschoal (adaptação do texto). O espetáculo, e todo o projeto, é inspirado na fábula da “Cigarra e a Formiga”, recontada de maneira lúdica, mas realista.
Entre outras coisas, o espetáculo ressalta que a Cigarra não é apenas uma grande cantora, mas também trabalhadora. Com duração de 55 minutos, conta com a participação de duas dançarinas e dos músicos Jair Torres, Henrique Duailibe e Vitor Oliveira, que é autista. O musical se passa na Floresta Amazônica, com personagens que fazem parte da fauna e do folclore brasileiro.
“Nossa intenção é chamar a atenção da plateia, de forma alegórica, para a urgência da preservação do meio ambiente, da aceitação do outro e do amor, como forma de construção de uma sociedade melhor”, diz Anna Torres, que veio de Paris, onde segue com carreira musical, especialmente para apresentar o espetáculo por ela idealizado.
Segundo Anna Torres, é alta a incidência de autismo em todas as regiões do mundo, enquanto a falta de entendimento sobre o transtorno tem forte impacto nos indivíduos, suas famílias e comunidades. Com causas ainda incertas, o Transtorno do Espectro Autista não tem cura, mas o diagnóstico e intervenção precoces são imprescindíveis para aumentar as chances de desenvolvimento de habilidades cognitivas importantes para a vida de uma criança com esse tipo de transtorno.
O CD, encartado no livro, traz 13 canções e uma faixa extra, com a participação de Mariana Scodinu, que é francesa e filha de Anna Torres. As outras crianças que participam do projeto são Iyari Romero Frémont, Louis Bureau Cerqueira, Inès Fourris, Alexandre Chanbraud, Alicia de Freitas, Paul Chambraud e Laura Bureau de Cerqueira.
A produção e direção é de Anna Torres. O projeto musical é assinado por ela e também por Ieda de Oliveira e Roland Casanova. Casanova e Torres assinam ainda a sonoplastia e os arranjos. A preparação do texto é de Marcelo Paschoal e as ilustrações de Christophe Bejard. Já as fotos são de Alain Genest. Entre as canções, estão “Natureza”, “Sibelle, canta a cigarra!”, “Consciência”, “Ajudando a preservar”, “Formiga, amiga”, “Boi dos sonhos”, entre outras.
Anna Torres é cantora, compositora, narradora, dubladora e diretora do projeto “A Cigarra Autista”, criado e inspirado a partir de sua própria história como artista e mãe de uma criança autista. Ela tem dez CDs gravados, sete produzidos por ela. Já participou de três musicais: “Noturno”, “Cazas de Cazuza” e “Brasileirinho” e se apresentou em Paris, Nova York, Washington, Miami, Londres, Madri, Dubai e Agadir. Com o projeto, a artista espera sensibilizar as pessoas e promover o debate em torno do autismo e também chamar a atenção para a preservação do meio ambiente.
Serviço
O quê
Espetáculo “A Cigarra Autista”
Quando
Amanhã e domingo, às 18h; sessão extra, fechada, às 16h
Ingressos: R$ 60 (plateia), R$ 50 (frisa), R$ 40 (camarote), R$ 30 (balcão) e R$ 20 (galeria)
Mais informações: 98327-9506
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