Cerco

PF desarticula quadrilha especializada em tráfico de drogas e armas chefiada por presidiários

Operação Intramuros cumpriu 32 ordens judiciais de prisão na Ilha de São Luís, em Codó e em Imperatriz. Criminosos agiam no Maranhão e em outros estados e tinham ligação com quadrilheiros de outro país

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Policiais federais cumprem mandado em imóvel na Grande Ilha
Policiais federais cumprem mandado em imóvel na Grande Ilha (Operação Intramuros)

Uma organização criminosa que, segundo a polícia, era comandada por presidiários de Pedrinhas e da unidade prisional de Imperatriz, acusada de tráfico de drogas e armas de grosso calibre, com ramificação internacional, foi desarticulada ontem, durante a Operação Intramuros, deflagrada pela Polícia Federal na Grande Ilha e nas cidades de Codó e Imperatriz.

O delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Sandro Jansen, informou que o cerco policial tinha como um dos objetivos retirar de circulação os “cabeças” do bando criminoso. A polícia conseguiu dar cumprimento a 32 mandados de prisão preventiva e 32 ordens de busca e apreensão. Algumas ordens judiciais foram expedidas em desfavor de custodiados do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e da unidade prisional de Imperatriz.

Na Grande Ilha, os policiais estiveram na Vila Conceição, área do Alto do Calhau, onde foram efetuadas prisões e apreensões de crack. Criminosos também foram presos na cidade de São José de Ribamar. Em Codó, houve a prisão de uma mulher de nome não revelado e a apreensão de entorpecente.

Os investigados foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas e organização criminosa. A operação foi denominada Intramuros porque algumas das lideranças ordenavam as práticas criminosas do interior dos presídios.

Investigação

Sandro Jansen informou que a investigação vinha sendo realizada há alguns meses e foi iniciada após trabalhos de inteligência da Polícia Federal. Foi constatado que havia uma organização criminosa, comandada por presidiários, especializada na venda de drogas e armamento de grosso calibre “Os custodiados, de dentro das unidades prisionais, conseguiam comandar o tráfico de drogas com apoio de outros criminosos que estavam nas ruas”, relatou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, o bando agia no Maranhão e em outros estados e ainda mantinha conexão com criminosos de fora do país, principalmente, para o comércio de entorpecentes. Há informações de que eles vendiam armas para quadrilheiros especializados em roubo a banco.

Mais prisões

O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Polícia Civil da Capital, informou que na tarde de ontem foi preso, no bairro Parque Vitória, Ucledidson Pereira dos Santos. Havia uma ordem de prisão em aberto em desfavor dele pelo crime de estupro de vulnerável. Ele era acusado, ainda, de furtos ocorridos este ano no Alto Turu.

Também foi presa Evamar Santos Rodrigues, a Índia. Segundo a polícia, ele é acusada de ter assassinado Elias Silva Pereira no último dia 14, no bairro Andiroba, na zona rural de São Luís. Na sede da Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), na Beira-Mar, ficou constatado que havia um mandado de prisão em aberto contra a mulher, expedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas pelo crime de roubo.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.