Empreendedorismo

Bate-papo estimula mulheres a voltarem ao mercado após maternidade

Histórias inspiradoras sobre mulheres que se tornaram mães e encontraram no empreendedorismo uma forma de não abandonar o mercado de trabalho, hoje, na Biblioteca Comunitária Monteiro Lobato

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Lucenilde França achou no empreendedorismo uma forma de conciliar trabalho e maternidade
Lucenilde França achou no empreendedorismo uma forma de conciliar trabalho e maternidade (empreendedorismo)

Empreender é um desafio que tem chamado a atenção de um grande número de brasileiros. Pesquisa divulgada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em mar­ço deste ano, mostra que o país alcançou a taxa de 38% na taxa de empreendedorismo total, o que corresponde a 52 milhões de brasileiros com negócio próprio. Número que tende a aumentar.

Em meio a este quantitativo, destacam-se as mulheres que têm conquistado um espaço cada vez maior entre os empreendedores no Brasil. Uma pesquisa de 2018, também promovida pela GEM e conduzida pelo Sebrae, indica que 24 milhões de mulheres são empreendedoras. O perfil delas também chama a atenção para um detalhe: 75% são mães.

Uma alternativa
Criar o próprio negócio acaba sen­do uma alternativa para conciliar a rotina da maternidade com a profissional. Histórias inspiradoras sobre mulheres que se tornaram mães e encontraram no empreendedorismo uma forma de não abandonar o mercado de trabalho serão discutidas no bate-papo, a ser realizado hoje, na Biblioteca Comunitária Monteiro Lobato, do Instituto Mariana, no bairro Cidade Operária, com a participação de coautoras do livro “Mães inspiradoras: empreendedorismo na veia”.

A presidente do Instituto, Neu­za Ribeiro, explica que fez o convite – a uma das coautoras da obra, a jornalista Maria Regina Telles, à frente da Comunicativa Assessoria e Propaganda – com o objetivo de incentivar mulheres de projeto do bairro e adjacências que se tornaram mães a voltarem ao mercado de trabalho por meio do empreendedorismo, uma vez que, por causa da maternidade, elas encontram dificuldade para se recolocarem no mercado, pois se sentem impotentes ou inadequadas em relação aos “requisitos” exigidos neste meio.

A jornalista, por sua vez, fez o convite a mais cinco coautoras da obra para o bate-papo, sendo uma delas a sua idealizadora e coordenadora geral do Movimento Empreender Mulher (MEM), Rosely Vieira. “Quando a mulher empreende, ela melhora a qualidade de vida, não só da sua família, mas da sua cidade porque tudo que ela ganha, de uma certa forma ela retorna em mais educação, mais saúde, ela acha uma forma de reinvestir. E convidamos, para o livro, mães que empreendem porque sabemos que a maternidade é algo complexo e, por conta dela, muitas mulheres saem do mercado de trabalho para onde querem voltar, mas não conseguem e enxergam no empreendedorismo uma alternativa, entretanto acabam existindo muitas dúvidas”, explicou.

Lucenilde França, mãe de dois filhos e empresária, compartilhará sua história de como se tornou dona de uma fábrica de sandálias e brindes que produz chinelas terapêuticas, conciliando com a maternidade. “A necessidade de acompanhar o desenvolvimento dos meus dois filhos e a vontade de continuar trabalhando e contribuindo com a receita familiar, me deram a ousadia para investir na minha própria empresa e, há três anos, consigo conciliar trabalho e família com desafios, resiliência e muita fé de que Deus abençoa mais ainda as mães que empreendem pelo motivo certo e decidem aceitar o desafio de trabalhar sem abrir mão da educação e convivência diária com os filhos”, afirmou.

A jornalista Maria Regina Telles conta que voltou a atuar profissionalmente mesmo antes de finalizar a licença maternidade, primeiro ministrando um curso de Assessoria de Imprensa, logo após, retornou ao ramo da Comunicação. No ano seguinte, abriu sua segunda empresa em Comunicação. “A maternidade é mais um incentivo para persistirmos no alcance de nossos objetivos de vida e nos negócios, pois um impulsiona o outro. Nessa trajetória, é importante buscarmos conhecimento técnico e de gestão financeira, além de apoio em grupos de empreendedorismo”, destacou. Participarão da roda de conversa também a engenheira civil e empresária da franquia Maybelline NY e The Body Shop, Rosana Miranda, a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Maranhão, Raquel Jordão, e a cake designer e instrutora de confeitaria, Priscila Mendonça.

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