Devoção

Com fé e devoção, fiéis se despedem da festa de São José

Acontece neste domingo, 29, o encerramento do tradicional festejo, que será marcado com procissão, às 16h, reunido uma multidão de devotos do santo padroeiro pelas ruas da cidade; estão previstas missas no santuário

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
A tradicional procissão com a imagem de São José marcará o encerramento do festejo
A tradicional procissão com a imagem de São José marcará o encerramento do festejo (Divulgação)

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - Iniciado no dia 1º deste mês, com o tema “São José de Ribamar: padroeiro do Maranhão” e lema “Amazônia: Igreja, missão e ecologia”, o Festejo de São José de Ribamar, Padroeiro do Maranhão, será encerrado neste domingo, 29. Nas primeiras horas da manhã, já ocorrerá um grande even­to: missa na Praça do Santuário. À tarde, a tradicional procissão reunirá uma multidão de devotos, que percorrerão ruas da cidade em agradecimento às graças recebidas.

A missa ocorrerá às 6h e será encerrada por volta das 8h30. A partir das 10h, acontecerão batizados no santuário de São José, que já tem mais de 100 anos de existência. Outras celebrações eucarísticas serão realizadas às 11h, 13h e 14h30. Às 16h, ocorrerá a “Procissão de São José de Ribamar”, considerada o ponto alto dos festejos
Após a procissão, será realizada a Missa de Encerramento, na Praça do Santuário. Nesse local, ocorrerá um grande show de louvor, a partir das 20h30.

Expectativa grande
De acordo com o padre Gutemberg Feitosa, vice-reitor do Santuário Arquidiocesano São José de Ribamar, há uma grande expectativa para o último dia das celebrações. “O Festejo de São José de Ribamar é uma grande oportunidade, enquanto católicos, de adorarmos o Senhor nosso Deus, manifestar o nosso louvor, a nossa gratidão, a nossa adoração ao Deus e a Santíssima Trindade. Também é importante porque é ocasião de venerarmos São José de Ribamar, pai adotivo de Jesus, esposo de Maria e padroeiro do Maranhão”, disse.
Padre Gutemberg lembrou ain­da que o padroeiro São José atrai ao santuário milhares de romeiros o ano todo, principalmente, em setembro, ocasião do seu grande festejo. Por isso, segundo ele, " é uma oportunidade de celebrarmos a comunhão na fé, no evangelho, e na caridade", comentou o padre.

Segurança
Para o encerramento do festejo, um grande esquema de segurança foi montado pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitana 2 (Cpam 2). Para coibir a prática de delitos durante a procissão e outros eventos, a Polícia Militar fará o patrulhamento sob várias modalidades.
“Faremos o policiamento a pé, motorizados e em viaturas. Tivemos um reforço adequado para essas operações ostensivas e preventivas”, informou o tenente-coronel Jessé, comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), acrescentado: "Desde o dia 24 de agosto, nós estamos trabalhando nesse planejamento, juntamente com o Santuário de Ribamar e vários órgãos envolvidos na celebração”. Segundo ele, a operação tem o apoio do Batalhão Tiradentes, Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Oficiais (Cfap), Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPRv), Academia de Cadetes, além da Guarda Municipal de Ribamar e Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

O Festejo
Considerado um dos maiores even­to religiosos do Maranhão, a festa de São José de Ribamar começou no dia 1º de setembro com a “Romaria da Alvorada”, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Moropoia. Os fiéis se concentraram ainda de madrugada para a caminhada. De acordo com o padre Cláudio Roberto Santos Cruz, reitor do Santuário de São José de Ribamar, o tema da celebração fez referência ao Sínodo para a Amazônia, convocado pelo papa Francisco, que acontecerá em outubro.

Origem da devoção
Primitivamente uma aldeia indígena, o atual território do município de Ribamar era área tradicional da etnia indígena dos potiguaras. Seu nome atual decorre da seguinte história: um navio que vinha de Lisboa (Portugal) para São Luís desviou-se de sua rota e, em plena Baía de São José, esteve ameaçado de naufrágio por grandes tempestades e vagalhões. Os tripulantes invocaram a proteção de São José, prometendo erguer-lhe uma capela na povoação ao longe avistada.

Então, imediatamente, o mar acalmou-se. E todos chegaram a terra são e salvos. Para cumprir a promessa, trouxeram de Lisboa uma imagem de São José, entronizando-a na modesta igrejinha então erguida, de frente para o mar. Mas devotos residentes na antiga Anindiba dos indígenas, atual Paço do Lumiar, entenderam que a imagem deveria ser levada para a ermida daquela povoação. Sem que ninguém percebesse, realizaram seu intento.

No dia seguinte, porém, viram que a imagem ali não mais se encontrava, pois voltara, misteriosamente, à capela de origem. Repetiram a transferência e colocaram pessoas para vigiar o santo, para que ele não voltasse a Ribamar. São José, entretanto, transformando seu cajado em luzeiro, desceu da Igreja de Anindiba e, protegido por anjos e santos, regressou a Ribamar. E o caminho por onde ia passando o celeste cortejo encheu-se de suaves rastros de luz. Somente assim, compreenderam os moradores de Anindiba que o santo desejava permanecer em sua capela, de frente para o mar.

Tempos depois, quando nova igreja fora construída, resolveram fazê-la de frente para a entrada da cidade, o que não aconteceu porque as paredes da igreja várias vezes ruíram, até que os fiéis compreenderam que ela deveria permanecer voltada para o mar, como está até hoje.

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