Apagão

UPA tem queda de energia, e serviços são interrompidos

Pane na energia, na UPA do Vinhais, começou por volta das 22h de domingo, 15, segundo relatos de pacientes e acompanhantes; apagão paralisou a prestação de serviços e o atendimento à população

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Queda de energia deixou pacientes sem atendimento na UPA do Vinhais na noite domingo e manhã de ontem
Queda de energia deixou pacientes sem atendimento na UPA do Vinhais na noite domingo e manhã de ontem (Upa do vinhais)

Inaugurada em agosto de 2011, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vinhais, em São Luís, ficou sem energia elétrica por quase 24 horas. A denúncia foi feita por pacientes e acompanhantes do local. Segundo eles, o apagão começou por volta das 22h de domingo, 15, e só retornou no fim da tarde desta segunda-feira, 16. A situação causou transtornos e alvoroço, de acor­do com depoimentos de pessoas que lá estavam. O atendimento e os serviços na unidade ficaram prejudicados.

Segundo uma mulher que estava acompanhando a sobrinha no local, a queda de energia pegou todos de surpresa, deixando a UPA praticamente na escuridão. Apenas luzes de celulares iluminavam o espaço. No momento do apagão, conforme ela, que pediu para não ser identificada, havia uma fila grande na entrada, para conseguir atendimento, e também dentro, aguardando nos consultórios. Serviços como eletrocardiograma, exames laboratoriais e raio-X foram interrompidos por causa do problema, assim como o atendimento em pediatria e clínica médica.

“Começou no horário das 22h e ficamos no escuro. Ninguém sabia o que havia acontecido. Ficamos todos assustados e parados. A direção da UPA não falou nada, não explicou nada. O que a gente fez foi aguardar, mas a luz não voltou. Passamos a madrugada inteira no escu­ro”, relatou a acompanhante da sobrinha. Ela comentou que, antes do apagão, a energia elétrica ficou oscilando durante todo o dia. “A luz ia e voltava. Toda hora caía e depois retornava. Quando foi à noite, caiu de vez”, explicou a mulher.

Transferência
Por causa da queda de energia, os pacientes foram transferidos para outras unidades hospitalares na capital, como o Hospital Doutor Carlos Macieira e o Hospital da Mulher, segundo a mulher que fez a denúncia ao jornal O Estado. “As transferências começaram somente de manhã. A gente passou a noite toda no escuro, sem entender nada, e, quando amanheceu, transferiram os pacientes porque não havia previsão para que a situação fosse normalizada”, reclamou a jovem.

Reparo
Uma equipe da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) esteve na UPA do Vinhais ontem, já no turno vespertino, e começou o serviço de restabelecimento da energia na unidade hospitalar por volta das 15h. Segundo informado por um dos membros da equipe da concessionária, o problema teria se originado no transformador do prédio, mas ele não entrou em detalhes sobre o fato.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que uma sobretensão transitória da rede elétrica causou a pane no transformador e falta de energia, ocasionando a suspensão provisória do atendimento ambulatorial na Unidade de Pronto Atendimento do Vinhais.

“A SES comunica que a UPA possui gerador de energia para manutenção dos serviços essenciais. To­das as medidas para manter a segurança e continuidade dos serviços foram tomadas. A secretaria reforça que o transformador foi substituído e a rotina da Unidade restabelecida. O atendimento segue regular”, finalizou o órgão.

SAIBA MAIS

Demissão de funcionários

Outro problema enfrentado nas Unidades de Pronto Atendimento situadas na região metropolitana de São Luís é a demissão em massa de funcionários, como o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem e Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Maranhão (Sindsaúde/MA) denunciou recentemente ao O Estado. Segundo a entidade, 128 pessoas já foram excluídas do quadro de pessoal em todo o Maranhão durante este ano.

A UPA do Itaqui-Bacanga foi a mais atingida com 30 demissões, conforme dados do Sindsaúde. Duce Mary dos Santos Sarmento, presidente desse sindicato, informou que a série de demissões começou em agosto. Ela disse que na UPA da Vila Luizão, foram demitidos 10 funcionários, mesmo número de demitidos na UPA do Araçagi. Na UPA da Cidade Operária, foram 14 pessoas demitidas. Na da área Itaqui-Bacanga, 30, e na do Parque Vitória, 4.

Ela acredita que mais pessoas sejam demitidas nos próximos dias, sendo que o trabalhador chega ao serviço com toda a empolgação para executar suas tarefas e é surpreendido pela notícia da demissão. Dulce denunciou que a situação está caótica dentro da assistência em saúde. “Essa assistência já é precária, porque temos um quadro reduzido de pessoas, sobretudo na enfermagem. Além dos técnicos e auxiliares em enfermagem, foram demitidos outros profissionais, como maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, serviços gerais e da hotelaria. É um conjunto de saídas que vai resultar em prejuízo para a população”, expressou a presidente do sindicato.

A Secretaria de Estado da Saúde rebateu as declarações do Sindsaúde e frisou que não há demissão em massa de profissionais, como está sendo divulgado pelo sindicato que representa a categoria. Conforme o órgão do Governo do Estado, os institutos e a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) realizam a avaliação de desempenho de seus colaboradores periodicamente.

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