Denúncia

Palestinos e árabes dizem que plano de Netanyahu é crime

Primeiro-ministro de Israel disse que vai anexar cerca de um terço da Cisjordânia; ele afirmou que a região do Vale do Rio Jordão e o norte do Mar Morto serão incorporados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostra áreas da Cisjordânia que pretende incorporar
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostra áreas da Cisjordânia que pretende incorporar (Reuters)

PALESTINA - Representantes dos palestinos e de outros povos árabes condenaram a promessa feita pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu de anexar um terço da Cisjordânia caso seja reeleito.

Ele afirmou que a região do Vale do Rio Jordão e o norte do Mar Morto, que fazem parte dos Territórios Palestinos, serão incorporados.

O negociador chefe dos palestino, Saeb Erekat, disse na terça (10) à noite que, se Netanyahu executar esse plano, ele vai enterrar qualquer chance de paz entre palestinos e israelenses.

Ele disse ainda que uma anexação unilateral dos territórios é um crime de guerra. Os israelenses e a comunidade internacional precisam parar essa maluquice, precisamos acabar com o conflito, e não mantê-lo por mais cem anos”, afirmou.

No Cairo, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, condenou o plano do israelense, que foi classificado como uma nova agressão por parte de Israel, uma violação da lei internacional e das regras da ONU.

Em um texto no jornal “The New York Times”, no entanto, notou-se que a reação dos países árabes não foi de ultraje.

Jogada desesperada

De acordo com os analistas ouvidos pelo jornal, a promessa de Netanyahu foi vista como uma jogada desesperada de última hora nas eleições, e que, na prática, Israel já controla os territórios em questão. Netanyahu tentará ser reeleito na próxima terça-feira,17, Será a segunda votação no país em menos de seis meses.

O primeiro-ministro está com sua força política abalada por denúncias de irregularidades. Desde o fim de 2018, Netanyahu responde por acusações de corrupção, fraude e abuso de confiança em três diferentes casos. Recentemente, a sua mulher, Sara, reconheceu ter utilizado dinheiro público irregularmente para pagar refeições de luxo.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.