SÃO LUÍS - O Corpo de Jurados do 1ª Tribunal do Júri absolveu, ontem, Jhonathan de Sousa Silva pela morte do presidiário do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Alan Kardec Dias Mota, fato ocorrido no dia 7 de janeiro do ano passado. Jhonathan Silva está preso em Pedrinhas cumprido pena de 25 anos e três meses de reclusão pelo assassinato do jornalista e repórter de O Estado, Décio Sá, que ocorreu no dia 23 de abril de 2012, na avenida Litorânea.
O julgamento de ontem foi presido pelo magistrado Osmar Gomes, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Durante a sessão, o juiz ouviu duas testemunhas, entre elas, um perito criminal. Ele ouviu, também, o acusado que declarou ter matado a vítima devido está sendo ameaçado de morte.
No decorrer das alegações finais, os representantes do Ministério Público mostraram aos jurados as imagens das câmeras da quadra, mostrando que o acusado atacou de surpresa a vítima, aplicando-lhe um golpe no peito, com uma barra de ferro.
Já a defesa pediu a absolvição aos jurados, ou ainda, caso contrário, que o réu fosse condenado por homicídio simples. O Conselho de Sentença afirmou que a vítima sofreu os ferimentos descritos no laudo de exame cadavérico e que o autor foi Jhonathan Silva, mas o absolveu da acusação de homicídio qualificado.
Após o julgamento, Jhonathan Silva retornou ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ele, no próximo dia 26 vai ser julgado pelo Tribunal do Júri do Piauí pela morte do empresário Fábio Brasil. Este crime ocorreu no mês de março de 2012, na Avenida Miguel Rosa, na capital piauiense.
Morte do apenado
A polícia informou que no dia 7 de janeiro do ano passado, Jhonathan Silva feriu o peito de Alan Kardec com um pedaço de ferro, que revelou ter retirado do banheiro da unidade prisional. A vítima foi levada ao Hospital Municipal Socorrão II, localizado na área da Cidade Operária, mas chegou sem vida.
Alan Kardec, de acordo com a polícia, era apontado como fundador de uma facção criminosa na capital. Em janeiro de 2014, ele chegou a ser transferido com outros oito detentos para um presídio federal, em Mato Grosso.
Absolvido o militar
No segundo julgamento do dia, mas na 4ª Vara do Tribunal do Júri, o policial militar Francisco Silva Lima também foi absolvido. Ele era acusado de ter assassinado a tiros o pedreiro José de Ribamar Vieira Batista, ocorrido no dia 31 de outubro de 2011, no bairro da Forquilha.
Os jurados reconheceram a materialidade e que o autor do crime foi o militar, mas o absolveram. A sessão do julgamento foi presidida pelo magistrado José Ribamar Goulart Heluy Júnior. Na acusação atuou o promotor de Justiça Valdemir Cavalcante, enquanto, a defesa do réu foi feita pelo advogado Erivelton Lago.
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