Operação Luz

Operação Luz da Polícia Federal combate exploração sexual infantil

Diligências foram realizadas ontem no Maranhão e em mais sete estados e cinco países; uma pessoa foi pressa em São Luís; Operação Mensageiro também foi realizada

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Polícia Federal durante operação em São Luís
Polícia Federal durante operação em São Luís (Federais)

SÃO LUÍS - O Maranhão foi alvo ontem de duas diligências da Polícia Federal. Um delas foi a 5ª fase da Operação Luz na Infância, com o objetivo de prender os autores de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet. Este trabalho policial também foi realizado nos estados do Paraná, Santa Catarina, Amazonas, Amapá, Alagoas, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro como ainda nos países como Estados Unidos, Panamá, Paraguai, Chile, Equador e El Salvador.

Na capital maranhense, a ação policial contou com a participação de 20 policiais federais que cumpriram cinco mandados de busca e apreensão. Durante a ação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, como computadores, HD’s externos e pen drives. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arquivos de vídeos com imagens de pornografia envolvendo crianças e adolescentes e conduzida para a sede da Polícia Federal, na Cohama.

O material apreendido deve passar por perícia para a comprovação da existência de vestígios de compartilhamento de arquivos de pornografia infantil. As pessoas investigadas estavam sendo monitoradas desde abril de 2019. No total da Operação, 656 policiais participaram e tinham como cumprir 105 mandados de busca e apreensão.

Na primeira fase dessa operação, ocorrida em 20 de outubro de 2017, resultou no cumprimento de 157 mandados busca e apreensão com 108 prisões. A segunda fase, no dia 17 de maio do ano passado, 579 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e 251 pessoas presas. Na terceira fase, dia 22 de novembro de 2018, foram cumpridos 110 mandados de busca e 46 pessoas presas, enquanto na quarta fase, dia 28 de março deste ano, 141 prisões e 266 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Mensageiro

A outra operação da Polícia Federal ocorrida ontem no estado foi a Mensageiro, visanso desarticular uma organização criminosa suspeita de invadir o sistema da Caixa Econômica Federal para recebimento ilegal de Seguro-Desemprego.

Os policiais federais atuaram em Imperatriz e em cidades do Tocantins como Palmas, Gurupi e Oliveira de Fátima e em municípios paraenses como Parauapebas, Canaã dos Carajás e em Brasília.

A polícia constatou que o bando criminoso conseguia invadir os sistemas de banco e alterava o endereço de cidadãos, que estavam recebendo regularmente o seguro-desemprego. Eles ainda solicitavam um novo cartão do cidadão, que era encaminhado ao endereço previamente alterado pelos criminosos. De posse dos cartões, o grupo realizava o recadastramento da senha em casas lotéricas e, na sequência, efetuavam o saque de uma parcela do seguro-desemprego, impedindo o saque pelo titular do benefício.

Até o momento, as investigações apontam quase 12 mil endereços alterados na Caixa Econômica Federal pela organização criminosa, o que pode resultar num prejuízo de aproximadamente R$ 15 milhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador- FAT. Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado, corrupção ativa e corrupção passiva, cujas penas somadas podem chegar a vinte e seis anos e meio de reclusão.

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