Julgamento

PM acusado de matar pedreiro na Forquilha vai a júri segunda-feira

Crime ocorrido em outubro de 2011 foi considerado bárbaro pela maneira como foi praticado; vítima foi morta por não pagar R$ 10,00 de combustível em um posto

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Policial militar espanca o pedreiro José Ribamar Batista (detalhe) dentro do camburão
Policial militar espanca o pedreiro José Ribamar Batista (detalhe) dentro do camburão (Pedreiro)

SÃO LUÍS - O militar Francisco Silva Lima vai a julgamento na próxima segunda-feira, 9, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, acusado de ter matado o pedreiro José Ribamar Vieira Batista, no dia 31 de outubro de 2011, na Avenida Guajajara, na Forquilha. Esse crime contou ainda com a participação do também policial militar, Joniel Ribeiro Farias.

A sessão de julgamento de Francisco Silva vai ser presidida pelo juiz da 4ª Vara do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior. Durante a sessão, o magistrado vai ouvir o réu e as testemunhas de acusação e defesa. Os representantes do Ministério Público e o advogado do militar farão as alegações finais. Somente após essa etapa é que o juiz vai proferir a sentença.

Na época do crime circulou um vídeo nas redes sociais que mostrava os militares em arrastão a vítima baleada, sendo agredida fisicamente e jogada no camburão da viatura.

Versões

Os militares foram ouvidos pela Polícia Civil e disseram que o pedreiro havia colocado R$ 10,00 de combustível em um posto e saiu sem efetuar o pagamento. Houve a perseguição policial, e ao ser abordado, José Vieira avançou com um facão em direção aos policiais que acabou alvejado.

As imagens exibidas na internet, entretanto, mostraram a vítima sendo morta dentro de um veículo. O copo foi submetido a exames periciais no Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, e foi constatado que ele levou cinco tiros quando estava sentada. As balas foram de lado e de cima para baixo.

De acordo com o Ministério Público, Francisco Lima responde ainda a outros dois processos criminais. Um deles pelo crime de tortura e a vítima chegou a ficar em cadeira de rodas. O outro diz respeito a uma denúncia feita por um casal que teria sido espancado pelo militar em junho de 2013, na Grande Ilha.

Mais caso

Também nesta segunda-feira, 9, vai sentar no banco dos réus Jhonathan de Sousa Silva, que cumpre pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas pela morte do blogueiro e repórter da editoria de Política de O Estado, Décio Sá. O crime ocorreu no mês de abril de 2012, na avenida Litorânea.

Esse julgamento de Jhonathan Silva será no 1º Tribunal do Júri, que é presidido pelo juiz Osmar Gomes. Ele responde pelo assassinato do interno Alan Kardec Dias Mota, ocorrido durante o banho de sol, no dia 7 de janeiro do ano passado, na Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 4, em Pedrinhas.

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