COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
UM DOS melhores e mais prestigiados endereços gastronômicos da cidade é, sem dúvida, o bistrô Alameda Trinta. Nos fins de semana, então, não tem pra ninguém. A casa lota de nomes que fazem mais elegante a vida social da cidade. No sábado, por exemplo, como costumam fazer toda semana, o prefeito Edivaldo Holanda e Camila marcavam presença com um grupo de amigos. Na saída, um registro do casal com o Chef Warwick Trinta
UM DOS melhores e mais prestigiados endereços gastronômicos da cidade é, sem dúvida, o bistrô Alameda Trinta. Nos fins de semana, então, não tem pra ninguém. A casa lota de nomes que fazem mais elegante a vida social da cidade. No sábado, por exemplo, como costumam fazer toda semana, o prefeito Edivaldo Holanda e Camila marcavam presença com um grupo de amigos. Na saída, um registro do casal com o Chef Warwick Trinta
Outro grupo animado no Alameda Trinta: Gabriela e Natércio Santos, Ana Clara Sarney e Bruno Duailibe
Outro grupo animado no Alameda Trinta: Gabriela e Natércio Santos, Ana Clara Sarney e Bruno Duailibe
Frequentadores assíduos do Alameda: Amaro Santana Leite e Ana Lucia, Cida e José Aparecido Valadão, Ana Elvira e José Benedito Buhatem e o Repórter PH
Frequentadores assíduos do Alameda: Amaro Santana Leite e Ana Lucia, Cida e José Aparecido Valadão, Ana Elvira e José Benedito Buhatem e o Repórter PH

Meninos, eu vi!
Em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua. Na chegada, pronunciou uma frase que entrou para a história: “É um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”.
Passado meio século desde então, só 12 homens caminharam na superfície lunar.
E eu ainda lembro de ter visto, no esplendor de minha primeira juventude, a cena dos astronautas descendo da Apollo 11 e pisando na Lua. A cena é viva na minha memória, ainda que digam que talvez se trate de uma memória construída ao longo do tempo, dessas lembranças imaginadas nos casos de cenas que vemos e revemos.
Mas ninguém me convence do contrário. E nem de que o homem não pisou na Lua. Pisou, sim. Eu vi.

Primeira missão
Na noite de sábado vi “First Man” (O Primeiro Homem) no Telecine Premium. Só aplausos para esse filme que ilumina uma figura pública que muito pouco expôs de sua vida privada: Neil
Armstrong foi um sujeito recluso e de poucas palavras fora de seu pequeno círculo de familiares e amigos.
Ele e seus companheiros de missão espacial voltaram à Terra oito dias depois de pisar na Lua, eternizados pelo sucesso na jornada de alto risco e crucial importância científica e política para a humanidade.

Primeira missão 2
O longa-metragem é uma verdadeira experiência sensorial. Dirigido por Damien Chazelle, tem roteiro de Josh Singer baseado no livro O Primeiro Homem - A Vida de Neil Armstrong.
É uma obra sobre desbravamento, fixação e sonho. E sobre olhar o mundo sob uma nova perspectiva.
Seu autor, James R. Hansen, conseguiu gravar uma entrevista de mais de 50 horas com o arredio astronauta e ter acesso a registros pessoais inéditos após longa negociação em 2002.
No quesito recriação cenográfica, a produção é um primor. Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Visuais (e indicado a outras três estatuetas),
o tributo é digno do feito de quem audaciosamente foi aonde nenhum homem jamais havia estado.
Tentar ver o mundo de forma diferente ainda é uma ideia que cativa nossos corações e mentes. E, sobretudo essa produção, que é sobre heroísmo,
e não sobre heróis.

Envelhecer
Não há como negar. Envelhecer é inevitável – pelo menos para quem deseja realizar o “parabéns para você” e colecionar muitos anos de vida.
Mas, embora faça parte do curso natural, ainda há quem não assimile bem a chegada das rugas e dos cabelos brancos, tampouco consiga lidar
com as transformações que virão na bagagem da idade.
Na última semana, uma brincadeira, febre no Instagram, propôs uma espécie de viagem no tempo. Por meio de um app que “envelhecia” o rosto das pessoas, milhares de usuários – dentre anônimos e famosos – descobriram-se modificados.
Houve quem escolhesse compartilhar a experiência só por 24 horas, nos stories. Outros registraram a mudança no feed, por tempo indeterminado.

Reforma e ponto crítico
A inclusão dos Estados e municípios na Reforma da Previdência chegou a um ponto crítico. O presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), obviamente pensando numa futura candidatura presidencial, condiciona uma possível inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência ao engajamento dos governadores do Nordeste. Há uma articulação para que o Senado incorpore os servidores estaduais e municipais ao texto que já passou em primeiro turno na Câmara.

TRIVIAL VARIADO

O presidente Jair Bolsonaro pode ser criticado, porém menos por falta de espontaneidade. Compiladores que são favoráveis e contrários reúnem frases ditas por ele para publicações de livros em breve.

A maioria dos governos estaduais não consegue sair da crise financeira. As soluções buscadas andam sempre em círculos e voltam aos mesmos lugares.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão do Ministério da Economia, mostrou que, entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, a carga tributária é
de 54 por cento.
Tem mais: o peso dos impostos cai, chegando a 29 por cento para os que ganham mais de 30 salários mínimos mensalmente. A esquerda ficou 14 anos no poder e não atentou para isso.

O folclore político registra episódio de cobranças de eleitores pela ausência de candidatos que receberam apoio, elegeram-se e desaparecem. Um deles justificou: “Ora, não devo a ninguém, Comprei os meus votos e paguei à vista.”

Taxa básica de juros baixa, inflação idem, reforma trabalhista aprovada e a da Previdência no mesmo caminho. São combustíveis considerados indispensáveis para o crescimento. Mesmo assim, o motor da Economia não pegou.

O Senado custará 4 bilhões 500 milhões de reais este ano. Cada parlamentar pode contar com 55 funcionários.

Luiz Felipe de Seixas Corrêa, embaixador aposentado e sogro do ministro Ernesto Araújo, disse que falta clareza à política externa brasileira. Só pode ser briga de família.

O golpe das Pirâmides financeiras, como as que estouraram em São Luís, é simplesmente cruel para alguns investidores. Ou seja, alguns recebem muito, e outros amargam ter de pagar esses deficits.

DE RELANCE

Mundo diplomático

Um analista de Política Internacional, Cezar Roedel, lembra que José Maria da Silva Paranhos Júnior, ou Barão do Rio Branco (1845-1912), um dos patronos da diplomacia brasileira, aguardou quase uma década para efetivar sua postulação como cônsul-geral em Liverpool, o posto diplomático mais importante à época em que as relações com a Inglaterra ainda eram prioritárias. Barão do Rio Branco, advogado, historiador, diplomata – entre outras qualificações, que não são poucas –, também foi um dos responsáveis pelo Brasil territorial que conhecemos hoje.

Mundo diplomático 2
O Barão do Rio Branco foi o grande arquiteto da diplomacia brasileira em um de seus relevantes contornos, muitas vezes esquecido: a de que ela não está a serviço de governos ou volições temporárias, e sim do interesse nacional. Desta tradição se fez a diplomacia brasileira. Por mais que as nossas leis permitam a indicação política para ocupação de postos diplomáticos no Exterior, os casos não são tão recorrentes.

Mundo diplomático 3
Barão do Rio Branco, em seu tempo, já antecipou como a política palaciana poderia ser prejudicial ao desenvolvimento de uma diplomacia centrada no interesse nacional. Assentou as bases da nossa diplomacia, consagrando a maior parte de seus princípios, hoje dispostos no Artigo 4º da Constituição Federal.

Mundo diplomático 4
Quando observamos um governo construir a narrativa de uma “nova diplomacia”, cabe-nos invocar o Zeitgeist de Barão do Rio Branco, que, de forma atemporal, parece nos dar um importante recado, em uma famosa frase de sua lavra – e ainda atual: “Um diplomata não serve a um regime, e sim ao seu país”.

Injeção no consumo
Após aguardar sinais de que a reforma da Previdência será aprovada, o governo resolveu estimular a economia e estuda liberar saques do FGTS. A medida tende a ser confirmada na próxima semana. Deve representar estímulo ao consumo, com efeitos limitados.

Só daqui a alguns dias
Aliás, depois do vai não vai, o governo federal decidiu adiar o anúncio das regras para saques do FGTS. A demora tem a ver com a pressão de empresários da construção civil preocupados com a falta de verba para o setor. É que o Fundo de Garantia financia parte dessas obras.

Economia menor
Após a projeção de economia com a reforma da Previdência cair, fica a pergunta se, até o fim da tramitação no Senado, o número será alterado de novo ou não. O governo espera que a Câmara aprove o texto, em segundo turno, em agosto.

Déficit do sistema
Vale lembrar que a aprovação da reforma da Previdência, com 379 votos favoráveis contra 131, deveu-se, sobretudo, à ausência de propostas da esquerda. O mero discurso não pega mais. O aumento incontrolável no déficit do sistema prevaleceu nas decisões dos partidos de centro, que compõem a maioria na Câmara dos Deputados.

Pobre democracia
Quase todos os partidos primam pelo radicalismo, mesmo sabendo que a base da democracia está alicerçada no direito à livre expressão e à livre escolha. Caso parlamentares não votarem conforme indicação da cúpula, poderão sofrer represálias. Não podem votar conforme sua consciência? Pobre democracia brasileira.

Para escrever na pedra:
“Nas grandes coisas, os homens se mostram como lhes convêm mostrar-se; nas pequenas, mostram-se como são.” De Sébastien Chamfort, escritor francês do século 18.

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