Falta de incentivo

Arraial de São Pedro deve ter menos brilho

Organizadores da festa e barraqueiros estão desanimados porque, até agora, a programação está prevista para apenas um dia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Comunidade afirma que a Secretaria da Cultura deu apenas apoio à estrutura de palco e som no arraial
Comunidade afirma que a Secretaria da Cultura deu apenas apoio à estrutura de palco e som no arraial (Arraial)

São Luís - A programação cultural do Festejo de São Pedro não deverá ter tanto brilho este ano. É que o tradicional arraial do largo de mesmo nome, na Madre Deus, só deverá acontecer dia 28, data em que os bois sotaque de matraca encontram-se naquele espaço para reverenciar o santo padroeiro dos pescadores, até o amanhecer. Os barraqueiros e pessoas da comunidade que se empenham para as festividades estão desanimadas porque gostariam que a quermesse começasse mais cedo.
No entanto, a comunidade afirma que a Secretaria de Estado da Cultura deu apenas apoio quanto à estrutura de palco e equipamentos de som, além de um recurso reduzido diante da grandiosidade e importância do festejo para a cultura maranhense. De acordo com a coordenadora geral, Regina Soeiro, envolvida há oito anos com a festa, a comunidade está triste porque vem lutando junto ao poder público para manter a tradição, “mas, está difícil”.
“É uma festa grandiosa e o recurso destinado não dá nem para o começo. Estamos tentando via Lei Estadual de Incetivo à Cultura, mas ainda não encontramos um patrocinador. Nossa esperança é que algum político sensível nos ajude para oferecermos à população um arraial alegre, que comece logo e que se estenda até o Dia de São Pedro, com grupos folclóricos animando esta região da cidade, para que os turistas venham nos ver e consumam nossos produtos nas barracas juninas”, disse Regina Soeiro.
No largo, quase dez barracas de madeira e palha já estão em processo de montagem. Ontem de manhã, no entanto, quase nenhum barraqueiro foi visto no local, no momento desta reportagem, justamente porque eles estão desmotivados. “Já gastaram para montar as estruturas na esperança de que o arraial comece logo para poder venderem as comidas típicas e tirarem algum lucro. E enquanto isso, ficamos na torcida”, contou Regina Soeiro, lembrando que apenas em 2015 o atual governo estadual financiou o arraial e sua programação cultural.
Não dá para mensurar a quantidade de pessoas que circulam no Largo de São Pedro no último dia das comemorações, ou seja, na noite de 28 para 29. Os grupos de bumba meu boi revezam-se para receber as bênçãos e a mistura de sons e ritmos dá o tom da festança, que começa com salva de fogos, reza do terço e visita dos batalhões à capela.
A programação religiosa começa com a abertura do novenário, que antecede ao dia do santo, com missas diárias na capela. A abertura aconteceu dia 19. As tradicionais procissões marítima e terrestre acontecerão dia 29. A marítima terá largada da Rampa Campos Melo, na Praia Grande, por volta das 15h. Logo em seguida, será realizada a procissão terrestre, que será finalizada com uma missa campal no Largo de São Pedro.

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