Pela educação

Manifestantes vão às ruas por mais verbas para universidades

Diversas cidades registraram ontem, 30, manifestações em defesa da educação, a exemplo do que ocorreu em São Luís onde estudantes e professores realizaram uma caminhada; segundo o MEC, o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

Estudantes e representantes de entidades estudantis e de sindicatos de trabalhadores participaram ontem, 30, em várias cidades do país e também no exterior, de atos contra o contingenciamento de verbas públicas para universidades federais. Em São Luís, grupo de estudantes da Universidade Federal do Maranhão distribuiu panfletos explicando a motivação dos atos que ocorrem em todo o país.

Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), estavam previstas mobilizações em 143 municípios do país. É a segunda vez este mês em que os manifestantes foram às ruas em defesa de manutenção de recursos para o ensino superior.

Em São Luís, uma exposição de projetos de pesquisa acadêmica desenvolvidos em quatro instituições de ensino federais e estaduais foi instalada na Praça Deodoro, no Centro, onde ocorreu a concentração para a caminhada agendada para as 15h. Entre as atividades oferecidas à população que passou pelo local, foi possível simular o cálculo de tempo para aposentadoria caso as novas regras propostas sejam aprovadas pelo Congresso Nacional.

Também na capital maranhense, um grupo de estudantes universitários se concentrou em frente à Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Entre as 6h30 e as 9h30, os estudantes bloquearam o acesso ao campus, com exceção do ingresso de funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) e dos participantes de um evento acadêmico e de um concurso público cuja prova estava sendo aplicada no local. Os estudantes também

Em nota, a reitoria da UFMA disse que apoia as manifestações, classificando-as como “um marco histórico fundamental para que se reveja essa decisão e se compreenda que a educação é um investimento no futuro do país e a possibilidade de desenvolvimento social, cultural, tecnológico e humano”. A reitoria sugere que nenhuma atividade acadêmica que inviabilize a participação dos estudantes, técnicos-administrativos e docentes da instituição seja realizada durante o dia.

MEC

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias. Se considerado o orçamento total dessas instituições (R$ 49,6 bilhões), o percentual bloqueado é de 3,4%.

O MEC afirma também que do total previsto para as universidades federais (R$ 49,6 bilhões), 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.

De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.


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