Operação

Polícia Federal fecha o cerco ao crime de pornografia infantil

Ontem em São Luís, um mandado de busca e apreensão foi cumprido, mas o suspeito conseguiu escapar do cerco policial; operação foi realizada em outros estados

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Policiais federais examinam computador na casa de suspeito
Policiais federais examinam computador na casa de suspeito (Policial federal)

SÃO LUÍS - Mais um trabalho da Polícia Federal (PF) com o objetivo de reprimir a prática de crimes de produção, armazenamento e distribuição de material pornográfico, envolvendo crianças e adolescentes, foi realizado no Maranhão. Somente este ano, duas operações com o mesmo objetivo já ocorreram no estado.

Ontem, foi desenvolvida a Operação Nêmesis, que cumpriu um mandado de busca e apreensão na região metropolitana. Os policiais federais, cumpriram, ainda, 27 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba e Sergipe.

A assessoria de comunicação da PF informou que os policiais fizeram uma varredura em uma residência localizada na Cidade Operária, onde apreenderam computador, dvds, cds e pendrive. O material apreendido foi levado para sede da PF, na Cohama, para ser periciado.

No momento da abordagem, os policiais não localizaram o proprietário da casa, mas há informações de que ainda esta semana ele vai se apresentar na polícia em companhia de um advogado. Os suspeitos vão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de pornografia infantil previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O cerco policial foi coordenado pela Unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal. A operação denominada Nêmesis faz referência à mitologia, na qual Nêmesis simboliza a indignação pela injustiça praticada e a punição divina diante do comportamento desmedido dos mortais. Sua função essencial era restabelecer o equilíbrio quando a justiça deixa de ser praticada.

A iniciativa coincide com a semana do dia nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado anualmente em 18 de maio. A escolha dessa data é em memória do Caso Araceli, crime que chocou o país na década de 70. Araceli Crespo era uma menina de apenas 8 anos, que foi violada e violentamente assassinada em 18 de maio de 1973. Os culpados jamais foram identificados e punidos.

Luz na Infância

Uma pessoa foi presa, nome não revelado, em sua residência, no Planalto Anil II, na quarta fase da operação Luz na Infância, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio de policiais civis dos estados, no dia 28 de março deste ano. O cerco policial foi em todo o país e resultou em 106 prisões. A maioria das detenções foi em São Paulo e Goiás.

No Maranhão, a operação foi desencadeada pelos policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Segundo o delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente do órgão, os policiais revistaram dois alvos na Ilha. Um deles no Planalto Anil II, onde apreenderam um computador em que havia vídeo de cenas de sexo envolvendo criança, armazenados.

O outro ponto vistoriado foi uma residência na Cidade Operária, onde foram apreendidos computadores e outros aparelhos eletrônicos, que serão periciados. O detido foi levado para a sede da Seic, no Bairro de Fátima.

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