PAÇO DO LUMIAR - Centenas de funcionários de escolas comunitárias do município de Paço do Lumiar, localizado na Região Metropolitana de São Luís, saíram às ruas da cidade na manhã de ontem,8, para protestar contra o atraso no repasse de verbas Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para as instituições de ensino.

Com faixas e cartazes, 800 funcionários de 23 escolas comunitárias, dos quais a maioria professores, vestiram-se de preto, puseram um nariz de palhaço e saíram em caminhada pelas ruas do município reivindicando o atraso de, pelo menos, cinco meses de salário. Segundo os manifestantes, o pagamento do salário é feito por meio de recursos do Fundeb – recurso federal repassado aos municípios.

A manifestação, logo nas primeiras horas da manhã, teve concentração no Viva do Maiobão, e caminhou pelas ruas até chegar à sede da Secretaria Municipal de Educação de Paço do Lumiar (Semed). Na ocasião, os funcionários, indignados pelo atraso salarial, invadiram a secretaria. Em seguida, uma comissão da pasta recebeu os profissionais para deliberar sobre as reivindicações.

Ao portal G1 Maranhão, o presidente da Associação Agrovila Pedro Careca, Luís Sérgio da Silva, supôs que o problema não estivesse no repasse do Governo Federal aos municípios, mas sim em um desvio realizado pela gestão de Paço do Lumiar. “O recurso está caindo mensalmente, agora onde está alocado nós queremos saber. Cadê o recurso das escolas que até então não está caindo na conta das entidades?”.

Cobrança

Além dos professores e demais funcionários em manifestação, pais de alunos que estudam nas escolas comunitárias afetadas se reuniram ao ato e cobraram resposta da prefeitura de Paço do Lumiar. ““Elas [as professoras] são exemplares. Eu não sei como elas conseguem trabalhar sem receber [...]. Todo dia eu perguntava como estava a situação, porque isso, sinceramente, é uma falta de respeito com o ser humano”, contou Ana Melo, mãe de um aluno.

A Prefeitura de Paço do Lumiar informou, por meio de nota, que o atraso ocorreu por causa de um erro no processo de renovação dos termos de colaboração entre a administração municipal e as 23 escolas comunitárias conveniadas ao município.

Por fim, a Prefeitura disse que o problema já foi solucionado e que os funcionários seriam pagos ainda no dia de ontem, o que não aconteceu. Segundo a gestora Mayane Nascimento, a justificativa foi a de que o horário bancário não permitiu o processamento dos pagamentos, mas que no próximo dia útil, hoje, em questão, os pagamentos serão realizados.

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