Ciência e Tecnologia

Ministro diz que Alcântara vai render mais de R$ 12 bilhões por ano

Segundo Marcos Pontes, esse valor pode afetar positivamente a pesquisa espacial brasileira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
O ministro  falou com os deputados sobre o acordo com os EUA
O ministro falou com os deputados sobre o acordo com os EUA (Alcântara)

Segundo Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, o uso comercial de Alcântara pode render mais de US$ 3,5 bilhões por ano, aumentando a renda para a pesquisa espacial brasileira e para a região do centro espacial. Convertidos para moeda nacional, o faturamento do Brasil com o acordo pode chegar a R$ R$ 12 bilhões. O ministro falou sobre o acordo, que vem sendo negociado há 18 anos, em audiência pública conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Direitos Humanos.

Alguns deputados mostraram preocupação com a questão dos quilombolas que foram deslocados da região do centro espacial na década de 80. O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) afirmou que foi prometido a eles a titularidade de terras com acesso a meios de subsistência e nada foi cumprido.

"Eles existem, eles estão lá. São mais de 150 comunidades reconhecidas pela Fundação Palmares, fora as outras que ainda não tiveram a sua titulação, vítimas do processo traumático de implantação da base desde o seu início. Foram enganadas, abandonadas e não tiveram o cuidado necessário para resolver essa questão", apontou o deputado.

O ministro Marcos Pontes pretende resolver a questão dos quilombolas criando um grupo de trabalho com a comunidade e autoridades locais. Contudo, o ministro afirmou várias vezes que, caso existam problemas insanáveis com a área, o centro pode ser transferido para outro ponto do litoral nordestino. Segundo ele, a importância de Alcântara é a localização próxima à linha do Equador, o que economiza combustível nos lançamentos.

Na visão do ministro, o acordo é uma permissão para que o governo brasileiro lance foguetes e satélites com peças americanas desde que se comprometa com a proteção da tecnologia estrangeira.

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