Filme

Lima Duarte estrela curta-metragem "A Volta Para a Casa"

Aos 89 anos de idade, ator volta aos curtas-metragens em drama dirigido por Diego Freitas

Com informações da assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Cena do curta-metragem "A Volta Para a Casa" estrelado por Lima Duarte
Cena do curta-metragem "A Volta Para a Casa" estrelado por Lima Duarte (Lima Duarte)

SÃO PAULO- Filmado durante três dias em São Paulo, o curta-metragem “A Volta Para Casa”, dirigido por Diego Freitas e produzido pela Parakino Filmes, conta a história de Plínio, interpretado por Lima Duarte, um marceneiro aposentado, que atualmente mora em uma humilde casa de repouso. Lá, ele passa boa parte do tempo relembrando seu ofício, criando objetos a partir de pedaços de madeira e encantando a todos com seu jeito dedicado e paixão pelo que faz. Anselmo, vivido por Guilherme Rodio, um dos funcionários da instituição, é um rapaz solitário responsável por cuidar do jardim e garantir um cotidiano mais agradável aos senhores e senhoras dali.

No domingo de Páscoa, os moradores esperam as visitas de suas respectivas famílias. Plínio veste sua melhor roupa, cheio de expectativa. Filhos vem buscar pais e mães para o almoço, mas ele continua lá. Até que Anselmo, ao vê-lo sozinho e entristecido, se oferece para leva-lo até a antiga casa. Durante o trajeto, Plínio repassa suas memórias sobre o bairro de Santana, onde nasceu e cresceu. Sua expectativa cresce à medida que se aproximam da casa onde passou praticamente a vida inteira, a qual descreve nos mínimos detalhes. Chegando lá, porém, tem uma surpresa que coloca em xeque suas recordações.

Diego Freitas, que recentemente estreou em longas-metragens com o elogiado suspense “O Segredo de Davi ” retorna ao curta-metragem. Formato que teve destaque com o filme “Sal” premiado no CinePE e indicado no Festival de Gramado. “O curta surgiu a partir de uma ideia de Guilherme [um dos atores do filme] e de uma vontade minha de falar sobre a velhice, já que dialogamos muito pouco sobre os idosos e suas questões. O filme traz um resgate da memória da cidade de São Paulo através de alguém que está perdendo a memória. E ter a chance de dirigir um dos maiores atores do Brasil é sem dúvidas um momento emocionante na minha carreira”, disse Freitas que além da direção também assina o roteiro juntamente com Diego Olivares.

Lima Duarte, um dos maiores atores do país e que conta com mais de 120 trabalhos no currículo, entre TV, cinema e teatro, conta que aceitou fazer o curta depois que se encantou com o roteiro: “Eu gostei muito, achei bonito. Se eu não tivesse gostado, não faria. Porque não há mais nenhuma razão para eu fazer algo se não me agradar pessoalmente e profundamente”, disse o ator. Entre tantos personagens marcantes, Lima Duarte se destacou ao interpretar Zeca Diabo, na novela “O Bem-Amado”; Sinhozinho Malta, em “Roque Santeiro”; Sassá Mutema, em “O Salvador da Pátria”; entre outros. Além de ter sido um dos atores preferidos do cineasta português Manoel de Oliveira, foi premiado no Festival de Havana e em Gramado por sua atuação no longa “Sargento Getúlio”, de Hermanno Penna.

Guilherme Rodio, que contracena com Lima e assina o argumento do curta, se sentiu honrado em fazer parte do projeto: “Foi um sonho. Primeiro conseguimos os recursos da Spcine através do edital Histórias de Bairros de São Paulo, depois as locações que deram certo e ter o Lima Duarte, que eu considero um grande ator com uma trajetória fantástica. Ele foi muito generoso por ter aceitado trabalhar num projeto de baixo orçamento. Foi uma honra estar com ele”.

“A Volta Para Casa” está finalizado e, segundo o diretor, deve circular em festivais ao longo do ano: “É um filme muito bonito e sensível e pretendemos passar em diversos festivais. É difícil ver um curta com o Lima Duarte, um ator que já fez tantos trabalhos e é muito conhecido. Ficamos felizes pela importância que ele deu para esse formato, pois o Brasil tem excelência em realizar curtas-metragens, mas hoje em dia esses projetos têm sido desvalorizados. É importante resgatar esse formato, que nos permite experimentar e que nos tira da zona de conforto”, revelou Freitas.

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