SÃO LUÍS - Candidatos aprovados no concurso da Polícia Militar realizado em 2018 pelo Governo do Estado - e que já concluíram o Curso de Formação - iniciaram, ontem (25), um protesto em frente ao Palácio dos Leões, sede do Executivo estadual. Eles já passaram por todas as fases do procedimento de maneira mais rápida que o convencional, tendo em vista a promessa do governo de nomeação instantânea ao final do processo.
O concurso aprovou quase 3 mil pessoas, que foram destinadas ao Curso de Formação, que teve duração de apenas três meses. O objetivo era que antes do final de 2018 os soldados concluíssem a formação e ocupassem seus cargos. Mas apenas 1/3 desse efetivo está trabalhando atualmente.
“Estamos iniciando um movimento que objetiva chamar a atenção do governador. Isso nunca existiu na história de um concurso para policial”, diz Chaves, um dos soldados que passou pelo Curso de Formação, mas ainda não foi chamado para seu cargo.
Os recém-formados questionam o fato de terem feito o Curso de Formação e não terem sido chamados, considerando as 3 mil vagas anunciadas pelo governo. “Apenas 1.100 soldados estão trabalhando, dos 3 mil que finalizaram o curso”, completa. Ainda segundo Chaves, o governo fez um anúncio de que 150 soldados serão nomeados nas próximas semanas.
“Os deputados aprovaram uma lei de orçamento onde está estipulado 2 mil vagas para PMs, mas o governador ainda não aprovou. Se nós já estamos formados e dentro das vagas previstas no concurso, por que não fomos nomeados ainda?”, questiona o soldado.
O grupo deve se manter todos os dias desta semana em frente ao Palácio dos Leões, como forma de protesto. Está marcada para a sexta-feira (29), uma passeata, que deve sair da Praça Deodoro e seguir até a Avenida Beira-Mar. Até o momento, mais de 600 soldados já confirmaram presença, segundo a comissão de aprovados.
Cobrança
O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) cobrou do governador Flávio Dino (PCdoB) a convocação e nomeação de 1.800 candidatos aprovados em concurso público da Polícia Militar (PM), em janeiro deste ano. De acordo com o parlamentar, o clima de insegurança com o aumento da criminalidade sustenta a necessidade de se investir na ampliação dos quadros da Polícia Militar. Ele afirmou que a lei orçamentária 2019 prevê a nomeação de 2 mil novos soldados da PM. Daí a completa viabilidade para a convocação e nomeação dos 1.800 aprovados no último concurso.
Ele também solicitou a retirada da cláusula de barreira no concurso da Polícia Civil e a convocação dos aprovados. “Essa não é a primeira vez em que solicitamos a imediata nomeação dos aprovados no concurso da Polícia Militar e Polícia Civil. Existe previsão orçamentária, por exemplo, para a nomeação imediata de 2 mil novos policiais”, afirmou Wellington do Curso.
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