PROTESTO

Vizinhos de barragens fazem manifestação em órgãos de São Luís

Movimento reuniu cerca de 200 pessoas, entre elas moradores de áreas vizinhas a barragens no Maranhão; ato foi feito em alusão ao Dia Internacional de Luta Contra as Barragens, celebrado ontem

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Integrantes de movimentos realizaram manifestação na manhã de ontem, exigindo atenção do poder público
Integrantes de movimentos realizaram manifestação na manhã de ontem, exigindo atenção do poder público (Atingidos por barragens)

Os protestos se iniciaram às 7h da manhã de ontem (14) - data em que é lembrado o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens, Pelos Rios, Pela Água e Pela Vida -, quando o grupo formado por integrantes do Movimen­to de Atingidos por Barragens (MAB), Sindicato dos Urba­nitários do Maranhão (STIU-MA) e outros movimentos atuantes em São Luís chegou ao escritório central da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), localizado na Rua Silva Jardim, no Centro, exigindo melhorias no saneamento público, em alusão ao Dia Mundial da Água - celebrado no próximo dia 22. Os manifestantes seguiram em direção ao Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), na Rua das Hortas, e encerraram as atividades na sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), no Calhau.

Na Caema, os manifestantes mostraram-se contra a Medida Provisória do Saneamento, que tramita no Congresso, visando à privatização do setor. Em segui­da, partiram em caminhada até o Iterma, também no Centro, onde reuniu-se com representantes do órgão para discutir a regularização de território de comunidade tradicional, além de direitos básicos da população, como destacou a coordenadora do MAB, Dalila Calisto.

“A nossa missão é marcar o Dia Internacional denunciando os crimes de Brumadinho e Mariana, e, aqui no Maranhão, exigir mais atenção do poder público federal e estadual para a segurança das barragens existentes no estado e para a proteção dos direitos das populações atingidas, reivindicando compromisso dos poderes públicos com a gestão da água, a defesa do saneamento público, tendo clareza de que água não pode ser mercadoria, porque é direito humano essencial à vida”, destacou.

Ainda de acordo com Calisto, as mobilizações estão sendo realizadas em diversas capitais com o intuito de evitar ocorrências como as registradas em Brumadinho, Minas Gerais, ocorrida em 25 de janeiro deste ano, com mais de 300 mortos.

“Nós não queremos que as cidades maranhenses vivenciem o que houve em Brumadinho, um novo caso como o de Algodões, no Piauí, uma nova Mariana, porque sabemos que no Maranhão também existem barragens de rejeitos, também há barragens hidrelétricas, também há barragem de acumulação de água, que apre­sentam riscos de rompimen­to por falta de uma política de segurança eficaz. E são realidades próximas, como a de Pericumã, em Pinheiro, que recentemente rompeu e prejudicou mais de 300 famílias ou a da Alumar, em São Luís, onde há registros de vazamento que pode contaminar a água e nossos recursos”, lembrou a coordenadora da MAB.

O grupo, que reuniu cerca de 200 pessoas que residem em áreas vizinhas a barragens no Maranhão, além de representantes do STIU-MA e do Levante Popular da Juventude, teve sua última parada na Sema, onde protestaram por um plano de segurança para as barragens do Maranhão e uma política de direitos para os atingidos por essas barragens.

O grupo, que reuniu cerca de 200 pessoas que residem em áreas vizinhas a barragens no Maranhão, além de representantes do STIU-MA e do Levante Popular da Juventude, teve sua última parada na Sema, onde protestaram por um plano de segurança para as barragens do Maranhão e uma política de direitos para os atingidos por barragens.

O Estado manteve contato com o Governo do Maranhão pa­ra questionar o que tem sido feito para atender às pautas destacadas durante o protesto, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

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