BRASIL - O cantor Gilberto Gil, 83, falou publicamente sobre a morte da filha, Preta Gil, durante entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, exibida no último domingo (10). A artista faleceu em 20 de julho, aos 49 anos, após mais de dois anos de luta contra um câncer.
Na conversa, Gilberto Gil relembrou a jornada da filha e seus momentos finais, além de refletir sobre perdas que já enfrentou na vida. O músico mencionou a morte de seu primogênito, Pedro Gadelha Gil Moreira, que morreu em um acidente de carro aos 19 anos.
"Quando eu perdi meu outro filho lá atrás, me queixei de que era esquisito a gente enterrar os filhos. Com a Preta, a gente teve tempo de, de uma certa forma, irmos nos acostumando com a ideia", disse. Segundo Gil, desde o início o diagnóstico foi muito duro e com poucas chances de cura.
O artista destacou que a família ainda se adapta à ausência da cantora. “Nós estamos naturalmente tristes. Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo. Ao mesmo tempo, ela já vinha com um sofrimento prolongado, de três anos, quase.”
Gilberto Gil também revelou que a família ainda discute o destino das cinzas de Preta. A cantora pediu para ser cremada e que as cinzas fossem distribuídas entre familiares e amigos. “Tem gente que quer usar as cinzas dela para fazer uma espécie de joia. Tem gente que quer ter, quem sabe, um tiquinho das cinzas dela em casa. Talvez seja o caso da família jogar um pouquinho no jardim de uma das casas, na beira do mar da casa lá da Bahia”, contou.
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