Opinião

A Linguagem popular do Maranhão

Benedito Buzar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Em 2017, a Academia Maranhense de Letras, respaldada na Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado, reeditou pela terceira vez o livro Breve história das ruas e praças de São LuísBenedito Buzar

O saudoso professor, advogado, escritor, jornalista, pesquisador e folclorista Domingos Vieira Filho, dono de extraordinária bagagem cultural, legou ao Maranhão imensa e rica bibliografia, destacando-se as obras Breve história das ruas e praças de São Luís, Folclore brasileiro: Maranhão, Populário maranhense e A linguagem popular do Maranhão, todas esgotadas e à espera de reedições, por serem imprescindíveis e fundamentais ao estudo da cultura popular brasileira.

Em 2017, a Academia Maranhense de Letras, respaldada na Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado, reeditou pela terceira vez o livro Breve história das ruas e praças de São Luís, e, para este ano, planeja reeditar outra valiosa obra do ilustre pesquisador maranhense, A linguagem popular do Maranhão, publicada em 1979, sob os auspícios do Departamento Estadual de Cultura do Estado, que registra palavras e termos usadas e faladas no Maranhão ao longo do tempo, mas em função do avassalador avanço dos modernos meios de comunicação, passaram a ser expelidas do nosso cotidiano e substituídas por uma linguagem que nada tem a ver com o glossário herdado do passado, motivo pelo qual o povo maranhense era admirado e louvado pelo Brasil inteiro, que se curvava à nossa maneira de falar e escrever.

Essa identidade cultural, construída e legada pelos nossos antepassados, que, de uns tempos para cá, vem sendo destruída pela força incontida dos modernos veículos de comunicação e da internet, presenças marcantes na sociedade, não tem poupado o Maranhão de assistir diariamente, sem poder de reação, a pulverização do invejável privilégio de dispor de um rico vocabulário popular, que o diferenciava do resto do País.

Para o leitor ter noção desse problema, à guisa de ilustração, extraí da obra do ilustre pesquisador algumas palavras e termos corriqueiros e presentes em nosso meio, mas desativadas ou substituídas por outras mais sofisticadas, que a televisão se encarrega de levar para dentro de nossas casas, sobretudo através das novelas.

Quem é do meu tempo vai lembrar de acesume, afolosar, apulumar, ariri de festa, avexado, bate-coxa, birita, bisca, bofe, bogue, borracho, bregueço, breque, buçanha, buçarra, caçambada, calibrado, caneado, capininga, capiroto, carambela, carão, carcafole, casseta, cátis, catrevage, chamató, chambica, chandanga, chatô, chochota, cocorote, coirão, coré, crica, curica, cutiagem, danisca, dieraque, disgranha, disgrota, dodói, encasquetado, engolobar, entonado, esbodegado, escalafobético, escrotiar, fiote, foba, fobó, friagem, fuampa, gibreu, gobira, grelo, golemada, gojoba, gororoba, grode, grogue, guegueo, judiação, lambança, mandraco, marreteiro, nigrinha, paidégua, pandu, pariceiro, penosa, peteleco, pica, pingolada, pinguelo, piriquita, piroca, pixé, pixilingar, preaca, pulitrica, qualhira, quiba, rudela, saboeira, sabrecado, sembal, siririca, sova, tabaca, titica, toba, toco, varapau, xilado, xiri, xororó, xexeiro.

Circuito Beira-Mar

Quando Roseana Sarney exerceu o cargo de governadora, fez do bairro Madre de Deus o grande polo carnavalesco de São Luís.

No Governo de Flávio Dino, o impossível aconteceu no carnaval de São Luís: a Madre de Deus perdeu esse privilégio para o Centro Histórico, que fez despontar o Circuito Beira-Mar como palco das brincadeiras momescas.

Final melancólico

Tudo leva a crer que a TV Brasil no Maranhão está prestes a desaparecer, processo começado com a demissão da advogada Ana Graziela Garrido da direção d emissora federal.

Depois, sem maiores explicações, saiu do ar o jornal Repórter Maranhão, detentor de inexpressiva audiência, mas era programa produzido a nível local.

Pelo visto, a próxima e desagradável notícia é o encerramento total das atividades da TV Brasil em São Luís.

José Carlos Tajra

Na semana passada, faleceu no Rio de Janeiro, o advogado maranhense, José Carlos Tajra.

Desde jovem, radicou-se na Cidade Maravilhosa, onde formou-se em Direito, construiu família e montou um escritório bem prestigiado em função de sua competência profissional.

José Carlos, vinha sempre matar as saudades da cidade em que nasceu e se confraternizar com amigos de sua geração.

De olho nas prefeituras

A mais de um ano e meio das eleições, partidos e políticos já deram a largada nas articulações de olhos nas prefeituras.

Em São Luís, mais de dez candidatos planejam concorrer ao pleito de 2020 e todos de olho no candidato Eduardo Braide, até agora o favorito.

Como não são mais permitidas coligações proporcionais, a tendência é que os partidos lancem nomes a prefeito como forma de puxar votos para os vereadores.

Programa de amigos

Um grupo de amigos, neste carnaval, encontrou uma forma agradável de substituir as brincadeiras de Momo por boas conversas.

Convocados por Aparício Bandeira, reuniam-se em torno de lautos cafés ou almoços, Carlos Gaspar, Benedito Buzar, Jesus Guanaré , José Cursino Raposo, José Vitor Abdala, Alim Maluf, Abnadab Leda, Luís Alfredo Bandeira, Marcélio Monteiro, Airton Lopes, Vicente Ferrer e Cristovam Teixeira, os quais, em longas conversas, passavam em revista fatos e acontecimentos daqui e alhures.

Nice Caldas

Aos 91 anos, Dona Nice Castelo Branco Caldas, partiu para a eternidade, na semana passada.

Viúva do ex-deputado Líster Caldas, que a teve como companheira ao longo de uma trajetória de vida, grande parte dedicada à política, como deputado estadual, nos anos 1950, e deputado federal, no Rio de Janeiro e Brasília, na década de 1960.

Da união de Dona Nice com Líster, nasceu o único filho, o engenheiro Leônidas Caldas.

Novo Livro de Serejo

Em breve, o escritor e desembargador Lourival Serejo lançará um novo livro.

Com o título de Mistérios de uma cidade invisível, contará com uma primorosa seleção de crônicas, publicadas entre 2011 e 2017, tendo São Luís como tema central.

Barreirinhas lotada

Nunca em tempo algum, Barreirinhas recebeu tanto turista como neste carnaval.

Calcula-se que mais de vinte mil pessoas marcaram presença naquela cidade e ocuparam todos os hotéis e pousadas.

A cidade virou um verdadeiro formigueiro humano, mas mostrou que já tem condições de receber os que a visitam em períodos festivos.

Martelo e foice

O governador Flávio Dino é o único comunista que ainda brinca o carnaval com o martelo e a foice nas mãos.

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