COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
ecos do maior evento social do Carnaval maranhense deste ano – o Almoço do PH Revista: acima, com muita animação, Rafael Oliveira e Marina Trovão; à esquerda, o empresário Luizito Oliveira e Lilian Patrícia
ecos do maior evento social do Carnaval maranhense deste ano – o Almoço do PH Revista: acima, com muita animação, Rafael Oliveira e Marina Trovão; à esquerda, o empresário Luizito Oliveira e Lilian Patrícia

Os excessos
Por que as pessoas brigam no Carnaval? É a pergunta que mais se houve na ressaca da folia do reinado de Momo.
Este não é um comentário moralista contra o álcool. É apenas a constatação de que algumas pessoas não sabem beber. Não é só uma questão de quantidade. Conheço gente que bebe e fica doce, comunicativa e engraçada. Em outros, a bebida desperta um monstro. Na verdade, o álcool tira o
freio de algo que já está lá.
Há também outras drogas, mas me atenho apenas à lícita e mais popular. Para vivermos em sociedade, precisamos reprimir instintos. Para muitos, o Carnaval é válvula de escape desse esforço contra o animal. O autocontrole - também conhecido como superego - se dissolve com cerveja, uísque, vodca e gim.
É aí que complica.

Os excessos 2
Quando o bicho sai da jaula, cabe ao Estado reprimir. E quanto mais furioso fica o bicho, mais enérgica precisa ser a repressão, até como exemplo educativo. Para dar certo, é fundamental uma polícia bem preparada e que saiba agir de forma firme, mas sem violência desnecessária.
Cabe ressaltar que a esmagadora maioria das pessoas brinca o Carnaval numa boa e sabe administrar e até aproveitar os pequenos excessos permitidos.
Nos Estados Unidos, não há nada parecido com o nosso Carnaval. Não daria certo em uma país onde o porte de armas é bem mais acessível.

Mancha Verde
Este ano o samba e o enredo dos guerreiros não sorriu para a Tatuapé, duas vezes campeã do Carnaval paulista nos últimos anos – uma delas com um enredo que homenageava o Maranhão.
Mancha Verde levou o seu primeiro título. Enquanto a escola do Palmeiras brilhou, Vai-Vai e Acadêmicos do Tucuruvi foram rebaixadas, em apuração realizada na tarde de
Terça-Feira de Carnaval, na capital paulista.
A campeã conquistou o troféu com desfile sobre a saga de uma guerreira negra, a princesa africana Aqualtune, que seria avó de Zumbi dos Palmares, e discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa.

Mancha Verde 2
O samba-enredo Ôxala, Salve a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra! é um canto às tradições de origem africana: cita maracatu, Iemanjá, África e Zumbi dos Palmares.
Uma ala fez referência ao Congo como local de escoamento de marfim e outros produtos da região, e o primeiro carro alegórico levou para a avenida elefantes com dentes de marfim e imagens de mulheres negras.
O verde em diferentes tonalidades dominou o desfile, que reuniu
3 mil componentes.

Lendas dos suplentes
Existem muitas lendas nesta relação de deputados titulares e seus suplentes. Algumas contam que os titulares
apenas aceitam deixar o gabinete, se mantiverem todos cargos, e muitas vezes até a própria verba de gabinete, destinada à contratação de
assessores nas suas bases.
Com isso, o suplente que assume, teria apenas uma carteira de deputado, e o salário. Mas isso é apenas uma lenda.

Mulher ganha debate
Nesta sexta-feira, dia 8, a CECGP/ SVT Faculdade, junto com a Academia Maranhense de Letras Jurídicas e a Amad promovem uma roda de conversa sobre o Dia Internacional da Mulher. O encontro será na Rua Edmundo Calheiros, 606, São Francisco, com abordagem do tema: A Literatura, o Universo Feminino e o Direito. E terá a participação de Sara Gama, Alexandre Maia Lago, Ana Luiza Almeida Ferro e João Batista Ericeira. A entrada é pela ordem de chegada até lotar o auditório.

TRIVIAL VARIADO
É tradição dizer que o ano só começa depois do Carnaval. Sem deixar de considerar que, desde 1º de janeiro, os brasileiros já recolheram 476 bilhões e 530 milhões de reais em impostos e o governo federal pagou 94 bilhões e 730 milhões de reais de juros para rolar a dívida pública.

O Poder Legislativo reabre hoje. Muitos eleitores esperam que deputados estaduais provoquem o debate sobre a previdência no serviço público, que dá sinais evidentes de exaustão.

A maioria dos deputados já concluiu que a crise não é fictícia e se tornou real. Há um princípio adotado em países desenvolvidos: quanto menor o controle sobre os que administram os fundos de reserva, maior o risco de decisões desastrosas.

O governo Bolsonaro resiste e não escorrega para a vala comum do oportunismo e do fisiologismo que caracterizou composições nos últimos 25 anos. Sabe que a aliança política entre contraditórios é suspeita e insustentável.

O alinhamento com certos países e a concessão de favores, a partir de 2003, trouxeram prejuízos econômicos, cuja dimensão ainda não foi calculada. A diplomacia é uma carreira de Estado e não de militantes de um ou dois partidos. Bastou a atual gestão adotar uma nova linha para alguns setores influentes se rebelarem. Não passarão daí.

Bate o pânico no Ministério da Fazenda com o não pagamento por alguns estados das mensalidades das dívidas. Os governadores são reféns de empréstimos tomados, não honrados e sem perspectiva de voltarem à normalidade.

Os sismógrafos do novo Congresso Nacional, numa prova de maturidade, apontam que a iniciativa privada ficará menos exposta a intromissões. Hoje, são raras as atividades que não tenham sido reescritas, codificando procedimentos em milhares de normas e regulamentos. O poder público diz não só o que pode, mas também o que deve ser
feito e como.

Senadores e deputados federais cumprirão a missão se criarem
leis que reduzam os custos
de produção, melhorem a infraestrutura e gerem empregos. É assim nos países que se desenvolveram. O Brasil não precisará pagar direitos autorais pela fórmula.

Por mais algumas semanas, ministros e secretários estaduais vão transitar livres. Depois, serão submetidos ao detector que aponta irrelevância e inoperância.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, conhecido com W2, adotou o hábito de participar dos exercícios do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Com 50 anos, não quer perder a forma e percorre 15 quilômetros com o grupo, repetindo alguns refrões. Um deles: “Se crime é uma doença, o Bope é a cura.”

A quantidade de denúncias de repressão a manifestações
anti-Bolsonaro pelo Brasil afora durante o Carnaval fez uma raposa política lembrar da frase do ex-ministro Jarbas Passarinho quando o então presidente Medici lhe perguntou se achava o AI-5 uma medida correta. “Meu medo é
como o guarda da esquina vai interpretar o que fizemos aqui”.

DE RELANCE

Carnaval no Alvorada
Nem Restinga da Marambaia, no Rio, nem Base Naval de Aratu, na Bahia, como faziam seus antecessores em feriadões: Jair Bolsonaro passou o Carnaval no Palácio da Alvorada mesmo. O presidente ficou em Brasília com a mulher, Michelle, a filha caçula, Laura, e parentes da primeira-dama. O jornal Extra publicou foto de Bolsonaro de bermuda e camisa da Seleção, sentado no chão, jogando baralho.

Só na rede
Do Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro só tratou em seu perfil no Twitter. Primeiro, para rebater críticas dos cantores Caetano Velloso e Daniela Mercury, no videoclipe Proibido o Carnaval. No início da noite de Terça-Feira, divulgou um vídeo de um homem urinando na cabeça de outro, fantasiado de mulher, com o texto: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua
no carnaval brasileiro (...)”

Abraçar o evento
Embora moradores de diferentes bairros torçam o nariz para os blocos de rua, São Luís demonstrou ter demanda para eles. Quanto menos eventos organizados existirem, mais haverá aglomerações por conta própria. Resolver o Carnaval de rua de São Luís passa por admitir a sua existência e, dentro de um cenário de tolerância com os transtornos naturais de uma festa ao ar livre, organizá-lo da melhor forma possível. Em Belo Horizonte, o sucesso recente dos bloquinhos fez com que a prefeitura visse oportunidade para fomentar a economia. Segundo a Empresa Municipal de Turismo (Belotur), no feriadão de 2018 foram movimentados R$ 641 milhões. O balanço deste ano ainda não saiu.

Acertar a logística
Em São Paulo, a programação é de 570 blocos entre 23 de fevereiro e 10 de março. Como as autoridades lidam com tamanha quantidade de problemas potenciais? Mesmo aqui, prefeitura e Brigada Militar concordam que os blocos de rua têm logística que torna menos provável a ocorrência de baderna. Eles começam cedo e, assim que terminam entram em ação equipes de dispersão e limpeza, impedindo que o local amanheça uma praça de guerra. Os eventos contam com seguranças particulares, enquanto a polícia se encarrega do entorno. Ou seja, a própria logística resguarda a região.

Fibra para estudos on line
Em todo o mundo cresce o mercado de educação à distância, que engloba desde palestras sobre os mais diversos temas até cursos profissionalizantes ou mesmo graduações e
pós-graduações, tudo pelo computador e sem sair de casa. Pesquisas mostram que quem mais acessa esses cursos são estudantes de curso médio e universitários; profissionais empregados em constante reciclagem, e em seguida, pessoas que pensam em uma transição de carreira, aposentados com tempo livre e desempregados.

Fibra para estudos on line 2
Para quem está pensando em turbinar a carreira eis alguns portais com muitos cursos on line, alguns gratuitos: Coursera, Veduca, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Bradesco, Udemy, Prime Cursos, LearnCafe, Buzzero entre outros das mais famosas Universidades americanas como Harvard e Stamford. Mas para ter acesso aos cursos on line a condição básica é ter uma internet com excelente qualidade. Em São Luís, a TVN comercializa serviços de Internet com tecnologia em fibra de alta performance para profissionais liberais e residências.

Para escrever na pedra:
“Eu reverencio a rotina, que nunca é repetir o que não se gosta, mas repetir todo dia o que se gosta muito”. De Fabrício Carpinejar, poeta gaúcho.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.