Área de risco: com chuvas, Estrada da Vitória está em estado de alerta
Secretaria de Obras e Serviços Públicos e a Defesa Civil já estão cientes dos casos ocorridos na Estrada da Vitória, com desmoronamento de trecho de barreira e via, e no Túnel do Sacavém, com rachaduras; mas nenhum trabalho foi iniciado
[e-s001]Os problemas de infraestrutura deixam em estado de alerta mais de 60 pontos da cidade de São Luís, sendo a Estrada da Vitória, via que passa abaixo do Túnel do Sacavém, um dos mais preocupantes, atualmente. A via, uma das mais importantes do bairro, apresenta problemas em mais de 1 km de percurso, atrapalhando o trânsito de motoristas e pedestres que passam diariamente no local.
O primeiro ponto de precariedade é visto no túnel, que está com rachaduras, podendo provocar um grave acidente. “Eu estive aqui quando o secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, visitou o local e viu o estado do túnel. Ele disse que em breve tudo nesta via seria reformado, mas veja só”, diz Sônia Maria, aposentada e presidente da Associação dos Moradores do Bairro Sacavém, mostrando o estado da via, que cotinua precário.
A ausência de asfalto e calçamento e a grande quantidade de vegetação dos canteiros são notadas em toda a rua. O ponto mais crítico da via localiza-se a cerca de 400 metros de distância do túnel. Após uma forte chuva no início de janeiro, parte de uma barreira que fazia a sustentação de um trecho da rua caiu. Apenas cerca de 50 centímetros de asfalto sobraram.
O barro da barreira de sustentação desmoronou em frente à casa de Luiz Carlos. O autônomo conta que a Semosp e a Defesa Civil já estiveram no local, mas nenhuma providência foi tomada. “Há 15 dias, nós, moradores, nos juntamos para arrumar essa via. Nenhum carro estava passando aqui na frente. Não havia asfalto. Fora que, quando essa estrutura caiu, poderia ter ocasionado um desastre maior na porta da minha casa ou dos meus vizinhos”, conta.
Por causa do desastre, muitos moradores sofreram com a falta de infraestrutura da via. A população do local é predominantemente idosa e necessita de atenção e de serviços, como ambulância. Mas todos os tipos de veículos ficaram impossibilitados de trafegar no local. De forma colaborativa, os moradores refizeram a parte da via que havia se tornado uma cratera. Também conseguiram cerca de 15 sacos de areia e cimento e fizeram uma nova sustentação para a barreira, que dá apoio à pista.
[e-s001]Na manhã de ontem (13), a TV Mirante fez uma reportagem no local. Em entrevista, a superintendente da Defesa Civil, Elitânia Barros, disse que um laudo técnico já foi feito, e as casas próximas à encosta que sofreu erosão serão interditadas.
Rebatendo a premissa, a população local disse que a Defesa Civil informou que o serviço feito pela própria comunidade foi ilegal. “Falaram que nossa medida pode sofrer, inclusive, multa, por não termos esperado os órgãos competentes. Mas, caso não tivéssemos realizado o trabalho de reconstruir a rua e criar uma barreira de concreto, vidas teriam sido perdidas. Por esse motivo, a alegação da Prefeitura é totalmente inválida para nós”, diz Luiz Carlos.
Vale ressaltar que o período chuvoso de 2019 promete ter precipitações acima da média, e o serviço paliativo realizado pela comunidade pode não aguentar por muito tempo.
O Estado entrou em contato com a Semosp e a Defesa Civil, para obter mais informações sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria nenhuma resposta foi dada.
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