Na segunda semana de trabalhos na Assembleia Legislativa, o governador Flávio Dino (PCdoB) viu ontem, pela primeira vez, os novos deputados da sua base aliada pressionando a gestão estadual pelo atendimento a pautas populares. A Saúde foi o principal alvo dos parlamentares.
A deputada Daniella Tema (DEM), por exemplo, cobrou do comunista o cumprimento da lei que institui a Política Estadual de Cofinanciamento da Atenção Primária de Saúde (Pecaps), e garante a implantação de um acréscimo de, no mínimo, 10% do piso nacional aos salários dos agentes.
O assunto foi levado à tribuna pelo deputado Wellington do Curso (PSDB), e corroborado pela democrata, que é esposa do presidente de honra da Famem, Cleomar Tema (PSB), aliado histórico do governador.
“Nós vamos juntos buscar resolver e fazer com que a lei seja atendida. A lei já foi sancionada, é uma lei de 2017 e estaremos buscando (sic) que essa lei seja atendida pelo Governo”, declarou.
Calcanhar de Aquiles da gestão Flávio Dino, o atendimento a pacientes renais crônicos também foi tema de discurso na Casa. Aliado do governador em Pinheiro, o deputado Leonardo Sá (PR) falou sobre a necessidade da conclusão, “com urgência”, do Centro de Hemodiálise que está sendo erguido na cidade.
Promessa
A obra havia sido prometida para dezembro de 2017, mas nunca foi finalizada. Em 2018, sem atendimento de hemodiálise no município, uma idosa acabou morrendo na porta de um hospital. O caso revoltou a população.
Em seu pronunciamento, Sá destacou ter protocolado uma indicação cobrando a entrega da unidade à população.
“A grande maioria das pessoas que necessitam de hemodiálise são de famílias humildes, que acabam tendo que se deslocar até São Luís, enfrentando filas de marcação nos hospitais e o cansaço da viagem, alguns tendo que voltar no mesmo dia por falta de condições e locais de hospedagem aqui na capital. Fazendo uma análise dos pacientes de Pinheiro, vemos que só a passagem para cá custa R$ 50,00 pelo ferry, sendo R$ 100,00 ida e volta, custo altíssimo para alguns pacientes, que fazem esse trajeto três vezes por semana, sendo ainda mais caro para pacientes de outras cidades mais longe”, ressaltou.
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