Espionagem

Deputado lembra caso de espionagem pelo governo Dino

Edilázio Júnior se pronunciou na Câmara Federal sobre crítica de Flávio Dino ao governo Bolsonaro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Edilázio Júnior repudiou críticas do governador Flávio Dino ao governo de Jair Bolsonaro
Edilázio Júnior repudiou críticas do governador Flávio Dino ao governo de Jair Bolsonaro (Edilázio Júnior)

O deputado federal Edilázio Júnior (PSD) utilizou a tribuna da Câmara Federal na sessão de ontem para criticar a postura do governador Flávio Dino (PCdoB), que tentou fazer relação entre o governo Jair Bolsonaro (PSL) com um regime de ditadura.
Dino fez referência, nas redes sociais, a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo dando conta de que o Palácio do Planalto teria a intenção de conter o que considera um avanço da Igreja Católica na liderança da oposição à Presidência.
Edilázio repudiou a conduta do chefe do Executivo estadual e lembrou que no período que antecedeu a eleição 2018, ganhou forte repercussão no Maranhão a existência de documentos oficiais que atestavam uma espécie de espionagem do governo comunista à oposição.
“É muito fácil. Basta pesquisar no Google para lembrar do que aconteceu no Maranhão no último ano, quando ele determinou que a Polícia Militar – e isso tudo de forma oficiosa, com memorandos - investigar e fichar todos aqueles políticos que pudessem causar algum embaraço nas eleições de 2018. Um governador que idolatra Nicolás Maduro, imagine o povo sofrido do Maranhão, o que vem enfrentando num estado de absolutismo, com censura, onde ele comanda praticamente todas as instituições e persegue os seus adversários, coagindo das formas mais truculentas possíveis”, disse.

Monitoramento
Um dos atos que oficializava o monitoramento da oposição ao governo comunista era a Circular nº08/2018. O documento deixava explícito o levantamento de dados sobre o processo eleitoral 2018 pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que é quem conduz as ações de segurança pública em todo o território estadual.

O documento determinava o envio de respostas em caráter de urgência dos comandos do interior, tendo como referência outro memorando, o de número 098/2018, que versava “sobre o Levantamento Eleitoral”.

O documento citava a verificação de ex-deputados, ex-prefeitos e ex-vereadores, que pudessem “causar embaraços” nas eleições 2018.

“Os comandantes das UPMs deverão informar as lideranças que fazem oposição ao governo local (ex-prefeito, ex-deputado, ex-vereador) ou ao Governo do Estado, em cada cidade, que podem causar embaraços ao pleito eleitoral”, destacava o documento.

A Procuradoria-Regional Eleitoral do Maranhão (PRE-MA) ainda chegou a abrir um procedimento apuratório, mas sem efeito prático.

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