Com chuvas, situação de paradas de ônibus preocupa população
Pontos de ônibus de diversos bairros da cidade apresentam problemas estruturais; em alguns casos, apenas placas indicam as paradas; segundo a SMTT, situação será solucionada
A condição das paradas de ônibus de São Luís é motivo de reclamações e denúncias feitas frequentemente pela população. Em bairros como Bequimão, Planalto Anil II, Recanto dos Vinhais e São Cristóvão, por exemplo, os usuários do transporte público precisam buscar meios para enfrentar o sol, as chuvas, o mato e até mesmo o cansaço físico enquanto esperam pelos ônibus. De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), estão sendo realizados levantamentos para solucionar os problemas.
Alguns casos podem ser considerados crônicos, como na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no Bequimão, onde, após um acidente de carro - ocorrido há cerca de cinco anos -, os assentos de um ponto de ônibus ficaram completamente retorcidos e inutilizáveis pela população. Para a dona de casa Maria dos Milagres Oliveira, o problema representa uma barreira diária, visto que, enquanto carrega a filha de pouco mais de cinco meses, aguarda em pé pelo transporte.
“É uma situação péssima, principalmente para quem anda com criança, como eu. Estou levando a minha filha para uma consulta e não tenho onde sentar, porque olha como estão as paradas, não é? Do jeito que estou aqui, se chover fica difícil até para abrir uma sombrinha e proteger a minha filha e a mim também”, lamentou.
Os relatos de quem utiliza o transporte público na cidade são diversos, mas a preocupação constante refere-se ao período chuvoso, que já se iniciou e, muitas vezes, pega a população de surpresa, como contou o funcionário público Ezequias Melo. “É muito complicado, principalmente nesta época de chuva, porque as paradas sem assento e se cobertura nos expõe às mudanças do tempo”, destacou.
Na Avenida 5, principal via de ligação entre os bairros Cohab e Cohatrac, localizada no Planalto Anill II, o ponto de ônibus permanece por conhecimento histórico, visto que há mais de quatro anos o abrigo de concreto foi retirado, após ter sido danificado. Desde então, nem mesmo uma placa sinaliza a parada e, nos dias de sol, os usuários se aglomeram próximo a um poste de energia buscando proteção na única sombra que há no local, como contou a artesã Claudecy Lucena.
“A parada existe, porque os moradores do bairro sabem que é ali, mas se um dia um motorista se recusar a parar, não tem nem o que questionar, porque não tem abrigo, nem placa que indique que ali é uma parada. Desde que a antiga quebrou, a situação é esta. Na chuva, a gente se abriga debaixo dos telhados e lajes das casas que ficam próximas à parada e no sol as pessoas se revezam na sombra do poste ou nos pontos comerciais e, infelizmente, a gente vê esta situação se repetindo em toda a cidade”, apontou.
Conforme destacado por Lucena, em diversos bairros os pontos de ônibus apresentam problemas semelhantes. No Angelim, na parada que fica na Avenida C, apesar de possuir cobertura, o abrigo está cercado pelo mato, dificultando a permanência de quem aguarda o transporte público. O mesmo ocorre na Rua Retiro Natal, no bairro Vicente Fialho, onde um ponto de ônibus com estrutura de concreto, ainda com cobertura e assentos, fica em meio à vegetação e ao lixo descartado na calçada.
Na Avenida Jerônimo de Alburquerque, no Cohafuma, apesar de ter sido instalada recentemente, a parada já não possui assentos, e a cobertura está completamente danificada. Na Avenida Santos Dumont, no São Cristóvão, diversos pontos não têm abrigos, apenas placas que indicam as paradas, assim como na Rua Rio Branco, no centro da cidade, deixando centenas de usuários do transporte público vulneráveis as variações de tempo.
O Estado questionou a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) sobre os problemas citados e, por meio de nota, o órgão informou que em todos os casos citados, nos quais há condições compatíveis para a instalação de abrigos, já foi feito o levantamento para uma reestruturação e implantação. A SMTT frisou também que, em relação às paradas de ônibus na extensão da Rua Rio Branco, os pontos são temporárias e, em breve, voltarão aos seus devidos locais na extensão da Avenida Silva Maia, reestruturada com abrigos.
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