Mudanças

Reforma da Previdência pode ser votada em junho, diz Maia

Para presidente da Casa, se governo explicar benefícios da mudança, aprovação em plenário será fácil; os vazamentos de versões da proposta que ainda será enviada ao Congresso atrapalham e fazem com que a matéria chegue contaminada ao plenário

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Reunião no Ministério da Economia entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro Paulo Guedes
Reunião no Ministério da Economia entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro Paulo Guedes (O Globo)

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que se o governo federal conseguir explicar à sociedade os benefícios trazidos pela Reforma da Previdência, ela deve ser aprovada com facilidade. Para ele, os vazamentos de versões da proposta que ainda será enviada ao Congresso atrapalham e fazem com que a matéria chegue contaminada ao plenário, como aconteceu com a versão enviada pelo presidente Michel Temer.

"O grande problema não é o mérito da questão. O problema da Previdência é que ela chegue ao plenário contaminada, como de alguma forma aconteceu com o projeto do presidente Michel Temer, por setores da sociedade que não querem mudanças", disse Maia, em São Paulo, após um encontro com o governador João Dória para discutir o assunto.

A expectativa de Maia é que a proposta chegue ao plenário em maio e seja votada em junho. O deputado afirmou que é importante que assim que o texto chegue à Câmara, o governo comece a comunicação à sociedade mostrando os benefícios que a reforma trará ao país. Ele afirmou que a capacidade de investimento só voltará com a organização das contas públicas.

"Nosso problema é sempre a comunicação. Os segmentos que se aposentam mais cedo, com os maiores salários, não querem mudança. Por isso, o mérito da proposta sendo explicado sem ruído - mas a gente sabe que vai ter ruído - passa com facilidade", afirmou.

Maia disse que a reforma da Previdência deve ser votada antes do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro . Ele afirmou que os dois projetos devem andar em paralelo na Casa.

"O pacote anticrime organizado vai andar na velocidade que atenda os interesses da sociedade. Vai passar na comissão de Segurança, na comissão de Constituição e Justiça e depois no plenário", disse Maia.

Tramitação especial

Maia observou que a reforma da Previdência vai ter uma tramitação especial . Quando o governo mandar a proposta ela será analisada pela comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, por uma comissão especial. Somente depois será colocada em votação no plenário. "A previsão é que ela chegue no plenário em junho",disse.

Maia afirmou que vai continuar visitando os governadores em seus estados , inclusive os de oposição no Nordeste, para discutir a reforma.

O presidente voltou a afirmar que defende que quanto menor a idade mínima de aposentadoria, a regra de transição deve ser mais dura. Se a idade mínima for maior, menos severo deve ser o período de transição, afirmou. "Não tem mistério, é só fazer as contas. Mas não quero ficar tratando do mérito. Com o presidente melhorando, que ele possa encaminhar a proposta para que possamos discutir em bases reais".

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